Desativação de lombadas nas BRs sofre críticas

por Assessoria Comunicação publicado 31/01/2006 18h15, última modificação 07/06/2021 17h20
O vereador Mario Celso Cunha (PSDB) lamentou o fato do governo federal ter deixado de multar abusos cometidos nas estradas federais há mais de dois meses, “colocando em risco a segurança de milhares de pessoas exatamente num período em que todos estão viajando”. Lembrando que o perímetro urbano de Curitiba é cortado por duas rodovias federais – a antiga BR-116 e a BR-376 – o líder do prefeito afirma que o episódio “é só mais uma etapa no processo de abandono que o governo federal condenou as estradas brasileiras”.
Um caso típico do descaso, segundo o vereador, seria a ponte sobre o rio Capivari, na ligação entre Curitiba e São Paulo. Primeiro – explica – pela absoluta falta de manutenção, que levou à queda da ponte e inclusive provocou morte. Depois, pela total ineficácia do governo em dar resposta à situação, o que fez com que, um ano após ter desabado, a ponte ainda não esteja recuperada nem a indenização paga a quem sofreu perdas pessoais e materiais com o desabamento.
Mortes
Lembrando que os acidentes matam mais de 30 mil pessoas por ano no País, Mario Celso disse que a desativação das 298 lombadas eletrônicas instaladas nas estradas brasileiras, pela falta de renovação de um contrato, condena os motoristas a um risco duplo: além de trafegar em rodovias precárias, agora em ritmo de operação tapa-buraco em ano eleitoral, o motorista está agora sujeito à imprudência de quem abusa da velocidade.
O vereador considera ainda que a demora na resposta do governo federal, no sentido de reativar as lombadas, poderá levar ao total descrédito do sistema de fiscalização.
Na Régis Bittencourt, segundo Mario, o descrédito é ainda maior porque os aparelhos instalados em 13 pontos do trecho paulista desde junho de 2004 permanecem nos locais sem que até hoje uma única multa tenha sido emitida devido a problemas de falta de pontos de energia e ausência de aferição.