Derosso quer redução de acidentes com crianças

por Assessoria Comunicação publicado 14/06/2004 00h00, última modificação 12/04/2021 15h34

O presidente da Câmara Municipal, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), quer reduzir o alarmante número de crianças vitimadas por lesões não intencionais. Projeto de autoria do parlamentar, em tramitação na Casa, prevê a criação, em Curitiba, do Programa Criança em Segurança. "O projeto reúne conjunto de ações e campanhas destinadas a informar e conscientizar os mais diversos segmentos da população sobre ocorrência e modos de prevenção de acidentes que podem provocar lesões não intencionais em crianças de zero a 14 anos", explica.
A proposta de Derosso é mostrar as principais causas de morte acidental por faixa etária, medidas preventivas para evitar acidentes, como e onde obter maiores informações sobre o assunto, telefones úteis para casos de emergência, sintomas indicadores de que a criança possa ter sofrido algum tipo de trauma não intencional e medidas a serem adotadas até que a criança seja atendida por um profissional.
O vereador explica que a Secretaria Municipal da Educação deverá definir, conforme sua proposta, data, horário e os estabelecimentos de ensino e creches da rede pública ou conveniados onde as entidades não governamentais sem fins lucrativos deverão comparecer para ministrar cursos, palestras ou aulas e distribuir publicações contendo informações sobre o assunto. Outros órgãos da administração direta e indireta também poderão participar das atividades. O documento prevê, ainda, que eventos poderão ser realizados em parques, praças e demais logradouros, para informar e conscientizar a população.
Principais acidentes
Derosso explica que os principais acidentes envolvendo crianças são a sufocação, veneno, veículos automotores, quedas, queimaduras, afogamento. "A maioria das crianças se sufoca enquanto está dormindo, quando seu rosto fica encoberto no lençol, travesseiro ou outra roupa de cama macia. As grades do berço também podem ser uma ameaça, causando mortes por estrangulamento e sufocação. Podem se engasgar, também, com parte ou brinquedos pequenos, comidas e outros objetos.
Os atropelamentos são outro problema. Em 2000, mais de 1.150 crianças abaixo de 14 anos morreram atropeladas. No caso de queimaduras, os números são maiores. A cada ano, mais de 500 crianças até 14 anos morrem e cerca de 30 mil são hospitalizadas. O vereador cita, ainda, as armas de fogo, destacando que a cada ano centenas de crianças são tratadas em pronto-socorro por lesões não intencionais relativas a estes objetos. Para reverter este quadro e evitar os acidentes não intencionais, Derosso aguarda a aprovação do seu projeto.