Depois do softbol, Câmara de Curitiba vai analisar Dia do Beisebol
O beisebol é um jogo de bola e bastão. O objetivo é marcar pontos, chamados de corridas, batendo na bola com um bastão e correndo por um campo em formato de diamante. (Foto: Canva)
Praticado no Brasil desde o final do século XIX, e em Curitiba há mais de 100 anos, o beisebol terá um dia no calendário oficial da cidade para chamar de seu. É que tramita, na Câmara de Vereadores, um projeto de lei que institui o Dia do Beisebol, a ser comemorado anualmente em 12 de setembro. O intuito é valorizar o esporte, praticado por equipes da cidade que têm se destacado em campeonatos pelo país.
O beisebol é um jogo de bola e bastão em que duas equipes de nove jogadores se enfrentam. O objetivo é marcar pontos, chamados de corridas, batendo na bola com um bastão e correndo por um campo em formato de diamante. Um time ataca por vez, tentando bater na bola e correr pelas bases. O outro time tenta pegar a bola e impedir que os jogadores adversários marquem pontos. A equipe que fizer mais corridas até o final do jogo vence. Em resumo, é como se fosse uma corrida em um campo especial, onde os jogadores usam bastões para impulsionar uma bola.
O esporte, como o conhecemos hoje, se consolidou nos Estados Unidos no século XIX. Alexander Cartwright é frequentemente creditado por ter padronizado as regras em 1845. O beisebol se espalhou rapidamente, tornando-se um dos mais populares nos EUA. No Brasil, chegou no início do século XX, impulsionado por imigrantes japoneses. Na justificativa do projeto, relembra-se que as primeiras partidas aconteceram em 1902, em São Paulo. O primeiro time da colônia japonesa foi formado no final da década de 1910.
A data sugerida na proposta de lei, 12 de setembro, remete ao dia 12 de setembro de 1976, quando uma equipe de beisebol de Curitiba conquistou, pela primeira vez, o Campeonato Brasileiro Adulto de Beisebol. Segundo o livro “Ayumi, caminhos percorridos - Memorial da imigração japonesa em Curitiba e no Litoral do Paraná”, nas comemorações do 25º Aniversário da Imigração Japonesa no Brasil, em 1933, foi promovido, em Morretes, o 1º Torneio de Beisebol do Paraná, que teve a participação de equipes de Curitiba, Antonina e Morretes.
Atualmente, o esporte é difundido na capital paranaense por entidades como a Nikkei Curitiba, a Central Glória e a Associação Curitibana de Beisebol e Softbol - ACBS, que coordena os torneios e campeonatos em Curitiba. “Tem aumentado muito o número de atletas de não descendentes, atraídos por este esporte competitivo que, ao mesmo tempo, transmite a filosofia da cultura japonesa: disciplina, organização, cooperação, liderança, companheirismo e respeito ao próximo. E esta integração é importante para o desenvolvimento esportivo”, detalha a justificativa do projeto (005.00130.2024).
“No beisebol, além do respeito às regras formais do jogo, os atletas precisam ter em mente o senso de cooperação e a ética, que devem predominar sobre o ganho estratégico, para poder assegurar uma competição justa. Deve haver o equilíbrio entre o esforço coletivo e o heroísmo individual”, explica o autor do projeto, vereador Nori Seto (PP). Além da homenagem ao beisebol, a Câmara de Curitiba também vai analisar a criação do Dia do Softbol, um esporte de equipe que compartilha muitas semelhanças com o beisebol, mas com algumas diferenças cruciais - clique aqui para saber mais.
Acompanhe a tramitação do projeto de lei na Câmara de Curitiba
O projeto de lei foi protocolado no dia 31 de agosto e está sob análise da Projuris. Após receber uma instrução técnica, será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a qual decidirá se o projeto está apto a ser discutido na CMC ou se será arquivado. Se admitido pela CCJ, será apreciado pelas demais comissões temáticas do Legislativo, antes de ser levado para votação em plenário. Se aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, a lei entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial do Município.
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