Depoimento de Lula na Operação Lava Jato repercute em plenário

por Assessoria Comunicação publicado 07/03/2016 13h30, última modificação 06/10/2021 06h51
Professor Galdino (PSDB), Jorge Bernardi (Rede) e Professora Josete (PT) divergiram, nesta segunda-feira (7), sobre o depoimento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva aos investigadores da Operação Lava Jato. Na sexta-feira (4), Lula prestou depoimento à Polícia Federal sob condução coercitiva – quando o depoente é levado “à força” para o local do interrogatório. Galdino comemorou, Josete reclamou e Bernardi criticou “o ânimo de guerra” entre partidos políticos.

“O que aconteceu na sexta-feira é um exemplo de como o Brasil está sendo passado a limpo”, comentou Galdino. O vereador do PSDB disse acreditar “que ele [Lula] seja realmente o chefe da quadrilha que assaltava os cofres públicos”. “Lula é tão cara de pau que está tentando transformar um caso de polícia em caso político. Ele chegou ao fundo do poço ao falar que a condução coercitiva foi arbitrária”, afirmou. Galdino foi o primeiro a tratar do assunto hoje, na sessão plenária da Câmara de Curitiba.

Jorge Bernardi leu nota oficial da Rede Sustentabilidade, elaborada na semana passada, enquanto o partido político dirigido por Marina Silva realizava seu segundo congresso nacional, em Brasília. “A gravidade dos fatos requer todo apoio à investigação profunda e rigorosa de todos os envolvidos”, disse. O vereador afirmou que “é hora de reunificar o Brasil, e não de incitar os ânimos para a guerra”. “Nós, da Rede, defendemos um terceiro caminho, longe da pregação de ódio nas ruas”, ponderou.

Defendendo que as investigações sobre corrupção no país atinjam todos os partidos envolvidos, Josete reclamou de parcialidade na condução da Operação Lava Jato. “Lula não foi intimado e já tinha deposto três vezes à Polícia Federal. Mostra que a Justiça agiu de forma parcial, ligada ao poder econômico e aos grandes meios de comunicação. Não podemos ferir o Estado de Direito”, reclamou, citando juristas que criticaram a condução coercitiva, como Celso Antônio Bandeira de Mello. “Vivemos um momento muito grave no nosso país”, analisou a parlamentar.