Democracia participativa já era prevista há 24 anos

por Assessoria Comunicação publicado 24/10/2007 20h35, última modificação 18/06/2021 06h58
Data de 1983 projeto de lei do vereador Jairo Marcelino (PDT) sancionado pelo então prefeito Maurício Fruet que já previa a aplicação prática  da democracia participativa. O parlamentar  criou a implantação de postos de atendimento para marcação de consultas médicas aos segurados da Previdência Social em todos os terminais de transporte urbano de Curitiba.
A lei, sancionada em dezembro daquele ano, previa uma parceria entre a Prefeitura, que cederia  espaço físico, e a Previdência, que entraria com os equipamentos e pessoal para dar atendimento ao público.
A idéia do projeto, segundo Jairo Marcelino, prevaleceu no propósito da “solidariedade humana e na prestação de serviços de atendimento médico mais  condizentes com a realidade das pessoas, principalmente aquelas caracteristicamente trabalhadoras que  utilizam os terminais diariamente”.  Para o vereador seria importante, já naquela época,  concretizar a participação do município na solução dos problemas que mais afligem a população, ou seja, a  obtenção dos recursos de saúde. “Para um trabalhador comum”, explica  o vereador, que está em seu sexto mandato, “é muito difícil enfrentar filas ou ir até as agências centrais para marcar suas consultas. Com nosso projeto, transformado  na lei 6805, a implantação do serviço facilitaria o dia-a-dia do trabalhador”.
Infelizmente, até os dias atuais a lei ainda não foi viabilizada, por falta de interesse da Previdência Social,  perdendo-se uma excelente oportunidade de ampliar  o oferecimento dos direitos do trabalhador onde ele  circula com maior freqüência”.  Pensou-se na economia de tempo e dinheiro, evitando  o deslocamento da periferia para o centro, com perda de dia de trabalho ou atrasos involuntários, como os que ocorrem  atualmente.  Com a instalação dos postos de atendimento para marcação de consulta nos terminais,  haveria descentralização, “bastante propícia em razão dos locais estratégicos em que estão localizados os nossos terminais”, comenta o parlamentar.
Quando propôs o projeto de lei, Jairo Marcelino previu que a municipalidade não teria gastos extras, uma vez que os terminais dispõem de vários espaços quando são construídos e que poderiam ser transformados em salas de atendimento. Também não haveria gastos para  o Ministério da Previdência Social, que apenas deslocaria o pessoal já contratado. Para ele, o que houve foi falta de interesse social  em viabilizar o projeto, que até os dias de hoje já teria rendido “grandes benefícios à toda comunidade”. Esta, como tantas outras leis de  grande  alcance  social, permanece esquecida.