Delegado Federal debate segurança com os vereadores

por Assessoria Comunicação publicado 09/04/2014 14h35, última modificação 23/09/2021 07h34
A sessão plenária desta quarta-feira (9) debateu as relações entre a segurança pública e a privada. O tema foi sugerido pelo vereador Tiago Gevert (PSC) e discutido na Tribuna Livre da Câmara de Curitiba pelo delegado da Polícia Federal Algacir Mikalovski.

Segundo Gevert, o país está “defasado” em relação à segurança pública e as pessoas envolvidas na segurança privada precisam ser bem qualificadas. “Muitas vezes uma pessoa está andando armada e não tem a preparação necessária. Se você vai em uma casa noturna, por exemplo, pode acabar sendo maltratado, agredido e pode até levar um tiro de bobeira”, disse o parlamentar.  (com sonora)

Algacir Mikalovski, que também é professor de Direito Penal e coordenador-geral do Núcleo de Pesquisa em Segurança Pública e Privada da Universidade Tuiuti, afirmou que os sistemas estruturantes da segurança pública não são mais eficientes. Ele também chamou a atenção para questões relacionadas à segurança privada, que hoje já possui maior estrutura do que o das forças públicas.

“O sistema privado precisa atuar paralelo ao fornecido pelo Estado, com bons profissionais, treinados e aptos para atuar na segurança da população”, opinou Mikalovski. Ainda de acordo com o especialista, existe um sentimento de “normalidade” por parte da sociedade em contratar serviços não autorizados pela Polícia Federal. (com sonora)

“Estou aqui para fazer esse alerta, sobre a gravidade de a segurança ser feita por pessoas sem a devida capacitação. Imaginem um verdadeiro exército de pessoas atuando na medicina, por exemplo, as pessoas não aceitariam isso. Esse é o risco que a população tem sofrido”, complementou.

Por fim, o delegado falou sobre a necessidade de o poder público manter um controle efetivo sobre os sistemas de segurança e apelou para que o cidadão não contrate empresas ou pessoas não habilitadas para atuar com segurança. “Temos que lembrar que, ao fazer isso, estamos tirando o emprego de alguém que se preparou e está dentro da lei”, salientou.