Defendida política salarial diferenciada para motoristas
Uma política de salário diferenciado para motoristas que dirigem cada um dos tipos de ônibus do transporte urbano de Curitiba foi sugerido na Câmara Municipal, nesta semana, pelo vereador Jair Cézar (PSDB). O parlamentar está considerando a diferença de volume, largura e comprimento de cada veículo das linhas tradicionais, de articulados, biarticulados e, agora, dos chamados azulões (com 28 metros de comprimento e 2,60 metro de largura), com capacidade para 250 passageiros.
O requerimento de sugestão ao Executivo, submetido ao plenário, foi aprovado. No texto, Jair Cézar argumenta que "o motorista, para dirigir um veículo de maior porte, precisa de capacitação diferenciada e é justo considerar que receba um salário também diferenciado". Um dos motivos da sugestão se baseia em prevenção quanto à sobrecarga ao profissional. Na opinião do vereador, a proposta também serve para estímulo de progressão na carreira. Na mesma linha de pensamento, Jair Cézar afirmou ter solicitado ao Instituto de Pesquisa e Planejaemnto Urbano de Curitiba (Ippuc) estudo para criação de sanitários em pontos com abertura por cartão magnético. O equipamento beneficiaria motoristas do transporte coletivo e do serviço de táxis.
O parlamentar também argumentou que as sugestões objetivam oferecer melhores condições de trabalho, evitando também o grande número de acidentes. De acordo com o Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana), ocorreram 784 acidentes em 2009, com 571 feridos, e, em 2010, foram 819 acidentes e 582 feridos.
Debate
O assunto gerou debate entre os vereadores sobre o transporte coletivo da capital. Na visão de Denilson Pires (DEM), "todo motorista deve receber um bom salário porque transporta vidas humanas, independente da quantidade." Ele acha que os profissionais da Grande Curitiba têm salário abaixo de sua qualificação. Chamou a atenção também para "a dupla função do motorista, que, em determinadas linhas, faz ainda o papel de cobrador." Outro problema citado pelo parlamentar são os casos relativos à saúde. Afastamentos por estafa e depressão são muito comuns, chegando ao índice de 8% sobre o total de profissionais, segundo ele. Em resposta à indagação da vereadora Noemia Rocha (PMDB), Denilson Pires afirmou que " multas são pagas pelos motoristas e cobradores”. O vereador esclareceu que suas colocações, porém, não representam críticas ao sistema. “Entretanto, para que continuemos a ser exemplo, o transporte coletivo precisa atentar para estas questões que envolvem vidas", concluiu. O terceiro-secretário da Câmara e motorista de ônibus por mais de 15 anos, vereador Jairo Marcelino (PDT), também se pronunciou. Sugeriu a redução de uma hora diária na jornada de trabalho, para beneficiar esses motoristas que dirigem veículos fora do padrão.
Na opinião do vereador Pedro Paulo (PT), "o sistema é bom, mas precisa ser replanejado. Anteriormente foi exemplo, mas hoje estamos perdendo para aqueles que nos copiaram." Mobilidade e maior eficiência do sistema foram itens apontados pelo parlamentar. Disse que "a dupla função deveria ser banida. Motorista e cobrador devem trabalhar nos ônibus, inclusive para a segurança."
O requerimento de sugestão ao Executivo, submetido ao plenário, foi aprovado. No texto, Jair Cézar argumenta que "o motorista, para dirigir um veículo de maior porte, precisa de capacitação diferenciada e é justo considerar que receba um salário também diferenciado". Um dos motivos da sugestão se baseia em prevenção quanto à sobrecarga ao profissional. Na opinião do vereador, a proposta também serve para estímulo de progressão na carreira. Na mesma linha de pensamento, Jair Cézar afirmou ter solicitado ao Instituto de Pesquisa e Planejaemnto Urbano de Curitiba (Ippuc) estudo para criação de sanitários em pontos com abertura por cartão magnético. O equipamento beneficiaria motoristas do transporte coletivo e do serviço de táxis.
O parlamentar também argumentou que as sugestões objetivam oferecer melhores condições de trabalho, evitando também o grande número de acidentes. De acordo com o Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana), ocorreram 784 acidentes em 2009, com 571 feridos, e, em 2010, foram 819 acidentes e 582 feridos.
Debate
O assunto gerou debate entre os vereadores sobre o transporte coletivo da capital. Na visão de Denilson Pires (DEM), "todo motorista deve receber um bom salário porque transporta vidas humanas, independente da quantidade." Ele acha que os profissionais da Grande Curitiba têm salário abaixo de sua qualificação. Chamou a atenção também para "a dupla função do motorista, que, em determinadas linhas, faz ainda o papel de cobrador." Outro problema citado pelo parlamentar são os casos relativos à saúde. Afastamentos por estafa e depressão são muito comuns, chegando ao índice de 8% sobre o total de profissionais, segundo ele. Em resposta à indagação da vereadora Noemia Rocha (PMDB), Denilson Pires afirmou que " multas são pagas pelos motoristas e cobradores”. O vereador esclareceu que suas colocações, porém, não representam críticas ao sistema. “Entretanto, para que continuemos a ser exemplo, o transporte coletivo precisa atentar para estas questões que envolvem vidas", concluiu. O terceiro-secretário da Câmara e motorista de ônibus por mais de 15 anos, vereador Jairo Marcelino (PDT), também se pronunciou. Sugeriu a redução de uma hora diária na jornada de trabalho, para beneficiar esses motoristas que dirigem veículos fora do padrão.
Na opinião do vereador Pedro Paulo (PT), "o sistema é bom, mas precisa ser replanejado. Anteriormente foi exemplo, mas hoje estamos perdendo para aqueles que nos copiaram." Mobilidade e maior eficiência do sistema foram itens apontados pelo parlamentar. Disse que "a dupla função deveria ser banida. Motorista e cobrador devem trabalhar nos ônibus, inclusive para a segurança."
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba