Debatido projeto que preserva meio ambiente

por Assessoria Comunicação publicado 27/09/2010 14h15, última modificação 30/06/2021 16h24
A destinação correta de esgotos em Curitiba foi tema de debate nesta segunda-feira (27), na Câmara Municipal. A apresentação de projeto que exige a instalação de caixas de gordura em restaurantes, hotéis e residências deu início à discussão que tomou grande parte da sessão plenária. A matéria, adiada por seis sessões para adequações, voltará para votação com o objetivo de garantir a destinação correta dos resíduos orgânicos gordurosos provenientes de pias, pisos de copas e cozinhas ou das descargas de máquinas de lavar louças. A ideia é minimizar os danos ao meio ambiente, impedindo que a gordura seja lançada “in natura” à rede de esgotos sanitários e, com isso, atenuar os custos de tratamento da água. Porém, os vereadores querem garantir a destinação final adequada sem onerar a população.
Segundo os vereadores, a exigência já era prevista em lei de 1953, antigo Código de Posturas da cidade. Entretanto, com o novo código, adotado em 2004, a instalação da caixa deixou de ser uma exigência.  Conforme o projeto em debate, é preciso considerar aspectos como o intenso processo de urbanização que as cidades vivem hoje, somado aos altos níveis de poluição urbana por esgotos sanitários.
Avanço
Para alguns vereadores, a iniciativa significa um avanço na proteção ambiental, especialmente das bacias hidrográficas, resultando em melhorias para a saúde pública. Outros registraram preocupação com os custos gerados à população e, principalmente, com o destino final do material retirado caixa de gordura, que precisa ser limpa com frequência. Indagaram onde depositar a gordura retirada da caixa e sugeriram estudos sobre mecanismos mais modernos que também garantam a destinação. As questões deverão ser analisadas juntamente com a Sanepar e a administração pública antes de a matéria sofrer alterações e voltar ao plenário.
O vereador Paulo Frote (PSDB) defendeu a retomada do debate para que a população não se comprometa com gastos desnecessários. “Obrigamos o morador a instalar as caixas e em seguida a Sanepar resolve, por exemplo, levar a rede até o local”, lembrou. Nesse sentido, sugeriu que a empresa de saneamento desenvolva  um cronograma de obras de rede de esgoto. “O cidadão precisa dessa previsão para decidir se quer fazer esse investimento”, opinou.