Debatido Programa Vizinho Solidário

por Assessoria Comunicação publicado 13/09/2005 16h55, última modificação 31/05/2021 15h17
“Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é campeão mundial em homicídios. Uma pessoa morre a cada 12 minutos, num total de 45 mil por ano. Em 20 anos, de acordo com dados do IBGE, a taxa de homicídios cresceu 23% no Rio e em São Paulo.” A afirmação é do presidente do Conselho Comunitário de Segurança Jardim das Américas (Conseg-JÁ), Pedro Focadell, na quinta reunião do Programa Conversando Com Vizinhos, nesta segunda-feira (12), na sala das Comissões da Câmara de Curitiba. A iniciativa do programa é do presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB). Na oportunidade, expôs o programa “Vizinho Solidário em Alerta”, que está sendo utilizado na comunidade e trazendo bons resultados. Segundo Focadell, o programa nada mais é do que o resgate de um dos mais antigos costumes das pessoas, o de conhecer seus vizinhos. “Isso não significa expor sua vida e seus hábitos publicamente, mas apenas saber quem são as pessoas que nos cercam. Afinal, em uma dificuldade o vizinho é a pessoa mais próxima a quem podemos solicitar algum auxílio”, afirmou.
O programa consiste em que os vizinhos se conheçam, se comuniquem, troquem telefones e fiquem conhecendo um pouco da vida e dos hábitos cotidianos dos outros. Assim, quando viajam, avisam que a casa ficará vazia ou se algum parente ou amigo ficará cuidando do imóvel ou, então, deixam a chave e o controle do alarme para o vizinho para que vejam se os amigos entraram com segurança”, explicou, acrescentando que, quando as pessoas têm hábitos regulares e algum dia acontece qualquer coisa fora da rotina, os demais moradores ligam para saber se está tudo em ordem. Ou quando aparentemente a casa está vazia e o portão ou janela estão abertos o vizinho telefona ou, ainda, quando existe suspeita sobre alguma pessoa.
Para Focadell, o programa funciona bem porque são os próprios moradores que vão ajudar na redução da violência e criminalidade. “Inicialmente, se organiza uma relação de telefones de todos os vizinhos, não só o da casa mas também de celular, do trabalho e de parentes, para que seja possível o acesso da pessoa a qualquer momento. Feito isso, os vizinhos identificam suas casas e combinam algum procedimento a ser seguido em caso de anormalidade, como, por exemplo, acenderem as luzes das casas ou saírem à janela”, disse.
A próxima reunião do programa, que terá como tema Conferência das Cidades, foi marcada para o dia 3 de outubro, às 19h.
Presenças
Também participaram da reunião desta segunda a presidente da Associação de Moradores, Proprietários, Comerciantes e Amigos da Praça Santos Andrade e Passeio Público (Ammas), Edeluz Maria Taborda Ribas Alves; o diretor de segurança da Associação dos Cidadãos da Vila Isabel (Assobel), Rosalvo de Moura Jorge, Francisco Osmar de Oliveira (despachante Oliveira); a presidente da Comissão Interna de Vítimas de Crimes da OAB-Pr, Rose Dequech; a ouvidora da Ordem dos Advogados do Paraná, Rose Mary Iacomim, e o presidente da Sociedade Árabe Brasileira Beneficiente, Moutih Ibrahim, entre outros.



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Curso de capacitação anti-drogas

Na reunião, a coordenadora do programa Conversando com Vizinhos, psicóloga Ivone Neves, convidou os participantes para se inscreverem em curso de capacitação antidrogas, promovido pela Secretaria do Estado de Justiça e Cidadania, que acontecerá nos dias 29 deste mês, às 9h, na secretaria, e dia 7 de novembro, no Anexo II da Câmara de Curitiba.