Debatido indicativo de greve do transporte coletivo
Os vereadores comentaram, na sessão desta quarta-feira (25) da Câmara Municipal, a possibilidade de grave do transporte coletivo a partir da zero hora desta quinta (26), dia em que será realizado o último jogo da Copa do Mundo na capital. A paralisação será discutida, nesta tarde, em audiência de conciliação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Felipe Braga Côrtes (PSDB) pediu que o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) não entre em greve nesta quinta. “Traria um transtorno muito grande e poderia causar problemas à imagem de Curitiba”, defendeu. O vereador disse que a convocação foi realizada durante a festa junina da entidade sindical.
O presidente da Comissão Especial da Copa, Paulo Rink (PPS), reforçou o apelo ao Sindimoc: “Até agora somos considerados pelo COL (Comitê Organizador Local) como a melhor cidade-sede, pela estrutura, segurança e acessibilidade. Teremos amanhã um jogo que vale a classificação, entre Rússia e Argélia”, afirmou.
“Quem paga o sindicato, na tarifa técnica, é a própria população, que não pode ser penalizada. Uma greve puniria não só os patronais, mas os curitibanos e os turistas”, completou. Rink lembrou que o relatório da CPI do Transporte Coletivo, da qual fez parte, tratou do tema.
Dirigente do Sindimoc, o vereador Rogério Campos (PSC) disse que o indicativo de greve obedeceu às exigências legais, com a publicação do aviso em jornal de grande circulação. Segundo ele, existe a possibilidade de greve, mas apenas dos cobradores (os ônibus circulariam sem a cobrança da passagem).
“O transporte coletivo não vai parar, mas não podemos fugir da realidade em que vivem os trabalhadores da categoria”, completou. Ele ainda rebateu as declarações sobre a arrecadação da entidade: “O sindicato tem quase oito mil sócios, que pagam a mensalidade espontaneamente”, afirmou Campos.
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