Debatidas medidas para evitar violência em Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 23/08/2011 19h00, última modificação 11/08/2021 10h30
Confusões em bares que acabaram com quatro mortos e três feridos no fim de semana foram tema de debate em plenário nesta semana, na Câmara de Curitiba. O vereador Paulo Frote (PSDB) iniciou a discussão sugerindo medidas de segurança para evitar novos incidentes. Entre elas, uma lei que obrigue os estabelecimentos noturnos a instalarem câmeras de monitoramento nos acessos, possibilitando o registro de quem entra e sai dos locais. A ideia, explicou, é identificar maus elementos, oferecer mais segurança à população, diminuindo o índice de criminalidade. “Estamos em situação de alerta. Precisamos de legislação e fiscalização mais rigorosa”, enfatizou.
O segundo vice-presidente da Casa, vereador Tico Kuzma (PSB), que tem como uma de suas principais bandeiras a segurança, afirmou que sancionar a lei 13.407 do ex-vereador e atual deputado estadual Roberto Aciolli (PV), que obriga casas noturnas e similares a identificarem os frequentadores, por meio de imagens do documento de identidade, registrando o nome, a foto, o dia e hora de entrada, “foi um avanço que vem ajudando a identificar e punir criminosos”.
Na opinião de Kuzma, a exigência de instalar as câmeras, sugerida por Frote, complementa a proposta de Aciolli, podendo ser anexada à lei existente. “Podemos ainda colocar o tema em pauta na Comissão de Segurança e debater com interessados no assunto e associação de bares e restaurantes”, acrescentou. O parlamentar falou que também é preciso pensar em uma maneira de evitar fraudes como as ocorridas no fim de semana, quando pessoas entraram com documentos falsos. Outra preocupação registrada por Kuzma foi com relação ao número de pessoas embriagadas que circulam de carro, colocando em risco muitas vidas. Nesse sentido, disse que é preciso fazer um apelo para que ocorram mais blitze. “A medida possibilitará pegar não só condutores alcoolizados, mas também as pessoas armadas”, explicou.
O vereador Denilson Pires (DEM) atribuiu a situação caótica que a capital paranaense e região metropolitana vem passando com relação à segurança pública com ações ineficazes aplicadas em âmbito estadual na última gestão. “A violência está espalhada por Curitiba e região em razão dos últimos 20 anos de desmando no Paraná”. O vereador disse que Curitiba registrou só no mês de agosto cerca de 111 assassinatos, sendo 103 mulheres e oito homens, número superior que o registrado em grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. O vereador acredita que “só agora, com o novo governador, será possível traçar estratégias para, ao menos, minimizar a violência.”
A vereadora Noemia Rocha (PMDB), que desde que assumiu uma cadeira na Câmara de Curitiba vem defendendo o direito de crianças e adolescentes, principalmente com relação às drogas, disse que o caminho é buscar o resgate da família. “Os jovens não se toleram, não há dialogo e as discussões são banais”, opinou, ao defender a criação de casas de recuperação para dependentes de drogas ilícitas e lícitas, como o álcool.