A notificação do governo estadual à Prefeitura de Curitiba para renegociar os repasses para a reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014 foi debatida na Câmara Municipal, na sessão desta quarta-feira (21). Para Pedro Paulo (PT) e Felipe Braga Côrtes (PSDB), o valor não deve ser aumentado. Já Jorge Bernardi (PDT) defendeu a isonomia entre Atlético Paranaense, Coritiba e Paraná, para que os dois últimos clubes também possam usar o potencial construtivo.

Pedro Paulo parabenizou o prefeito Gustavo Fruet pela “postura firme com os recursos públicos”. “As faixas na Arena, no último domingo [18], foram estendidas a mando o presidente do clube [Mario Celso Petraglia]. Fiquei condoído pela torcida, pela forma com que ele se porta. É preciso que esta Casa se posicione e cobre da CAP S/A sua responsabilidade, para que pague os compromissos e não os empurre para o poder público”, argumentou.

“Parabenizo Fruet pela decisão”, afirmou Braga Côrtes, que fez um “apelo ao governo, para que reveja essa situação de colocar mais dinheiro público em algo que está errado desde o início”. “O processo tripartite foi um erro brutal para a cidade de Curitiba e o estado do Paraná. O potencial é para construir escolas, por exemplo. Que o Atlético seguisse o que fez o Internacional, no Beira Rio, sem recursos públicos”, avaliou o vereador.

Assim como em fevereiro passado (leia mais), Jorge Bernardi (Rede) defendeu que o uso de potencial construtivo seja estendido ao Paraná Clube e ao Coritiba. “Não me constranjo em me posicionar nesse sentido. Que haja equilíbrio entre os três clubes. Esporte é lazer. Gostaria de um projeto conjunto sobre isso”, concluiu.

Ontem (20), também no pequeno expediente, o Professor Galdino (PSDB) havia comentado a questão. Ele parabenizou o governo estadual por “fazer bem sem olhar a quem”, mas disse que não estava tomando partido do governo, da prefeitura ou do clube. “Torço para o Tubarão [Londrina]”, completou.