Debatida mudança de UPA para unidade de emergência psiquiátrica
Anunciada na última sexta-feira (19), a readequação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pinheirinho para centro especializado em emergências psiquiátricas foi um dos temas discutidos pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC) durante a sessão desta terça-feira (23). Segundo a Prefeitura de Curitiba, a reforma do prédio começará no dia 4 de novembro e os atendimentos, já no novo modelo, serão retomados em 1º de dezembro. Maria Leticia Fagundes (PV), Noemia Rocha (MDB), Professora Josete (PT) e Tito Zeglin (PDT) criticaram a medida e avaliaram que outras UPAs serão sobrecarregadas. Por outro lado, o líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB), defendeu que falar em fechamento da unidade é “fake news”.
Presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte da CMC, Maria Leticia disse ter sido surpreendida pela notícia, na última sexta, “pelas mídias”. “Confesso que em 33 anos de carreira médica nunca vi isso. Não compreendi. E mesmo a abertura do centro especializado não justifica o fechamento da UPA”, declarou. Segundo a vereadora, dados de relatório encaminhado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) apontam que a unidade realizou 9.103 atendimentos em setembro passado.
“[O fechamento] vai ter que desviar o fluxo”, continuou Maria Leticia, “o que vai tornar muito difícil a vida das pessoas que têm problemas de saúde”. “Vou solicitar a ata do Conselho Municipal de Saúde que aprovou esta situação. Quero conversar também com o presidente do Conselho Distrital Pinheirinho, porque ele representa a comunidade”, disse. De acordo com ela, a ideia é que o encaminhamento seja feito por meio do colegiado de Saúde.
Zeglin, por sua vez, afirmou que a notícia “está repercutindo muito entre a população da região sul de Curitiba”, que fará protestos ao longo desta terça. Segundo ele, a UPA Pinheirinho é referência para os bairros dessa região, devido à localização estratégica. “Ninguém é contra que se faça a emergência psiquiátrica, mas não terminar o centro de atendimento. Chamamos ali de mini-hospital”, acrescentou. O vereador ainda reclamou que a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, não comunicou a reestruturação à Câmara durante a última audiência pública de prestação de contas, no final de setembro.
Para Josete, a situação é “muito grave”. “Se o Município está revendo, coisa que eu não concordo, a questão da saúde mental, pode ter outros critérios”, continuou. Em sua avaliação, o centro de emergências psiquiátricas poderia funcionar em outro espaço. Noemia Rocha também acha que há outros locais viáveis para a implantação da unidade. “O que a gente espera é que o Executivo reflita e recue desta decisão”, continuou.
Resposta do líder
Petruzziello rebateu as críticas no horário destinado à liderança do prefeito, já no final da sessão. “Mais uma vez vamos desmistificar o fake news, que aliás hoje em dia é muito comum”, afirmou ele, que defendeu o tratamento destinado pela gestão à saúde pública municipal. “A UPA Pinheirinho não será fechada. Terá atendimento exclusivo às pessoas com problemas de saúde mental. Isso é grave. Vamos colocar pessoas em surto ao lado de crianças de 5 anos? A UPA será readequada. São coisas diferentes.”
O líder do prefeito na Casa também defendeu o modelo de gestão adotado na UPA CIC, reaberta sob a administração de uma organização social (OS). “Hoje é modelo nacional. Custa R$ 500 mil a menos. É bom começar a pautar as coisas aqui” completou. “A saúde mental de Curitiba precisa sim de atendimento.”
Pedidos de informações
Zeglin formalizou questionamentos sobre a medida em pedido de informações oficiais à Prefeitura de Curitiba (062.00555.2018). Na proposição, o vereador pergunta qual a justificativa para o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento, quantos atendimentos devem deixar de ser realizados, como a demanda será compensada e qual a orientação aos usuários do equipamento público.
Líder da oposição e integrante da Comissão de Saúde, Noemia Rocha apresentou pedido de informações com o mesmo mote (062.00551.2018). Ela questiona quantos atendimentos o equipamento realizou por mês nos últimos dois anos; onde moram os pacientes atendidos; e qual o quadro de servidores. Quanto à mudança para unidade especializada em emergências psiquiátricas, a vereadora indaga o que embasou a medida, onde ocorrem os atendimentos psiquiátricos na rede municipal, como será o quadro funcional e o regime de gestão, dentre outros pontos.
Presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte da CMC, Maria Leticia disse ter sido surpreendida pela notícia, na última sexta, “pelas mídias”. “Confesso que em 33 anos de carreira médica nunca vi isso. Não compreendi. E mesmo a abertura do centro especializado não justifica o fechamento da UPA”, declarou. Segundo a vereadora, dados de relatório encaminhado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) apontam que a unidade realizou 9.103 atendimentos em setembro passado.
“[O fechamento] vai ter que desviar o fluxo”, continuou Maria Leticia, “o que vai tornar muito difícil a vida das pessoas que têm problemas de saúde”. “Vou solicitar a ata do Conselho Municipal de Saúde que aprovou esta situação. Quero conversar também com o presidente do Conselho Distrital Pinheirinho, porque ele representa a comunidade”, disse. De acordo com ela, a ideia é que o encaminhamento seja feito por meio do colegiado de Saúde.
Zeglin, por sua vez, afirmou que a notícia “está repercutindo muito entre a população da região sul de Curitiba”, que fará protestos ao longo desta terça. Segundo ele, a UPA Pinheirinho é referência para os bairros dessa região, devido à localização estratégica. “Ninguém é contra que se faça a emergência psiquiátrica, mas não terminar o centro de atendimento. Chamamos ali de mini-hospital”, acrescentou. O vereador ainda reclamou que a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, não comunicou a reestruturação à Câmara durante a última audiência pública de prestação de contas, no final de setembro.
Para Josete, a situação é “muito grave”. “Se o Município está revendo, coisa que eu não concordo, a questão da saúde mental, pode ter outros critérios”, continuou. Em sua avaliação, o centro de emergências psiquiátricas poderia funcionar em outro espaço. Noemia Rocha também acha que há outros locais viáveis para a implantação da unidade. “O que a gente espera é que o Executivo reflita e recue desta decisão”, continuou.
Resposta do líder
Petruzziello rebateu as críticas no horário destinado à liderança do prefeito, já no final da sessão. “Mais uma vez vamos desmistificar o fake news, que aliás hoje em dia é muito comum”, afirmou ele, que defendeu o tratamento destinado pela gestão à saúde pública municipal. “A UPA Pinheirinho não será fechada. Terá atendimento exclusivo às pessoas com problemas de saúde mental. Isso é grave. Vamos colocar pessoas em surto ao lado de crianças de 5 anos? A UPA será readequada. São coisas diferentes.”
O líder do prefeito na Casa também defendeu o modelo de gestão adotado na UPA CIC, reaberta sob a administração de uma organização social (OS). “Hoje é modelo nacional. Custa R$ 500 mil a menos. É bom começar a pautar as coisas aqui” completou. “A saúde mental de Curitiba precisa sim de atendimento.”
Pedidos de informações
Zeglin formalizou questionamentos sobre a medida em pedido de informações oficiais à Prefeitura de Curitiba (062.00555.2018). Na proposição, o vereador pergunta qual a justificativa para o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento, quantos atendimentos devem deixar de ser realizados, como a demanda será compensada e qual a orientação aos usuários do equipamento público.
Líder da oposição e integrante da Comissão de Saúde, Noemia Rocha apresentou pedido de informações com o mesmo mote (062.00551.2018). Ela questiona quantos atendimentos o equipamento realizou por mês nos últimos dois anos; onde moram os pacientes atendidos; e qual o quadro de servidores. Quanto à mudança para unidade especializada em emergências psiquiátricas, a vereadora indaga o que embasou a medida, onde ocorrem os atendimentos psiquiátricos na rede municipal, como será o quadro funcional e o regime de gestão, dentre outros pontos.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba