Debatida criação da Frente Parlamentar contra o Crack

por Assessoria Comunicação publicado 06/02/2013 15h25, última modificação 10/09/2021 11h26

A criação da Frente Parlamentar contra o Crack motivou debate na Câmara Municipal de Curitiba, na sessão desta quarta-feira (6), sobre o combate às drogas na capital. O requerimento apresentado em plenário para deliberação, de autoria do vereador Valdemir Soares (PRB), deu início à argumentação. A proposta agora deve ser aprimorada com a participação de todos os parlamentares.

Valdemir defendeu a participação das comissões da Casa e de toda a sociedade  em “ações diretas de conscientização” sobre as drogas. O crack, para ele, é o “mal do século”, inimigo da sociedade e da família. “O alarmante é que a pessoa se torna dependente já na primeira dose”, alertou o líder do PRB.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública, o vereador Chico do Uberaba (PMN), líder do bloco formado entre seu partido e o PSD, defendeu na tribuna a intenção de promover no colegiado o debate sobre o combate ao crack. Mestre POP, líder do PSC, sugere que a iniciativa aborde todas as drogas. “A maconha é um dos primeiros passos para o crack. Acredito muito na prevenção”, registrou o parlamentar que há 15 anos atua junto a projetos sociais na periferia de Curitiba.

Jorge Bernardi, líder do PDT, lamentou o tráfico e o consumo de substâncias ilícitas na praça Eufrásio Correia, em frente à Casa, e reafirmou o compromisso de Gustavo Fruet no combate às drogas. Já o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), em explicação a apartes sobre a Secretaria Antidrogas Municipal, disse que a pasta não será extinta, e sim, agregada à Secretaria Municipal da Defesa Social, para a integração de ações. O parlamentar destacou que não basta apenas a criação da frente parlamentar sem a promoção de atividades, sendo necessária a efetivação de uma política municipal de combate ao crack. A opinião foi compartilhada por Professora Josete, líder do PT, que reforçou a necessidade de ações articuladas. Ela classificou a questão como um problema de saúde pública.

Também participaram do debate os vereadores Tico Kuzma, líder do PSB, Noemia Rocha, líder do PMDB, Carla Pimentel (PSC) e Cristiano Santos, líder do PV.

Propostas

Valdemir propõe, a partir da frente parlamentar, a realização de audiências públicas, eventos de conscientização nas escolas e comunidades e a apresentação de emendas parlamentares para a construção de uma clínica municipal de tratamento aos usuários, dentre outras medidas. O líder do PRB estima que a iniciativa possa ser construída com R$ 3 milhões, com boa estrutura para o atendimento.

“A garantia desses recursos serviria, inclusive, como apoio ao compromisso já firmado pelo prefeito de criar esses espaços. Também seria um incentivo para toda a sociedade no combate às drogas. Conversei com o presidente Paulo Salamuni e ele me sinalizou positivamente. Além disso, as lideranças partidárias, em sua maioria, já manifestaram apoio”, informou.

Ele sugere, ainda, a apresentação de abaixo-assinado contra a eventual legalização da produção e do porte de drogas para uso pessoal. O tema é um dos mais controversos na discussão de reforma do Código Penal, em tramitação no Senado Federal.
       
Combate ao crack

O Legislativo da capital já teve uma Frente Parlamentar contra o Crack, criada em 2010, por meio de proposição do vereador Tico Kuzma (PSB), atual líder do PSB. Diversos setores do governo e da sociedade participaram das discussões promovidas pelo grupo. A iniciativa recebeu menção de Valdemir durante a defesa de seu requerimento.