Debate sobre Corujão da Saúde gera pedido por mutirões
Os vereadores aprovaram, nesta quarta-feira (3), requerimento de Oscalino do Povo (PTN) para que a prefeitura reproduza em Curitiba o programa “Corujão da Saúde”. Implantada na cidade de São Paulo, pelo prefeito João Dória, a iniciativa zerou a demanda por 50 tipos de exames em menos de três meses de gestão, resultando numa queda de 67% no total da fila. A votação foi simbólica (201.00207.2017).
“Lá o resultado foi positivo”, comentou Oscalino do Povo, “e beneficia a todos, pois os hospitais ocupam horários ociosos, o SUS adianta exames e a população é melhor atendida”. A sugestão fala em estabelecer parcerias com a rede privada para atendimento especial, com realização de exames ambulatoriais das 20h às 24h. “O objetivo é reduzir a fila de pacientes”, completou. O pedido gerou questionamentos sobre mutirões já realizados em Curitiba.
O vereador Tico Kuzma (Pros) lembrou que, no dia 6 de março, numa “visita surpresa” ao Legislativo, o prefeito Rafael Greca falou de vários temas, inclusive da realização de mutirões na Saúde (leia mais). “Ele [Greca] disse que ia iniciar os mutirões, entretanto ainda não temos o resultado, que o Executivo poderia mandar para a Câmara”, pontuou. A opinião recebeu o apoio do Professor Silberto (PMDB) e de Osias Moraes (PRB).
Fechamento de UPA
A vereadora Noemia Rocha (PMDB), dentro do debate sobre a realização de mutirões, pediu que a Comissão de Saúde avalie se a possibilidade de fechamento de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em Curitiba não afetará a realização dos exames. “Se [a rede de atendimento] já não comporta, imagina fechando as UPAs”, disse a parlamentar, referindo-se à fila por exames – dimensionada antes, por Osias Moraes, em 90 mil procedimentos.
No meio do comentário, Noemia Rocha falou do fechamento da UPA da Matriz, noticiado pela imprensa. A situação gerou uma nota de esclarecimento da Prefeitura de Curitiba na semana passada, em que o Executivo explica os motivos de o Hospital das Clínicas da UFPR reassumir a unidade, sob o argumento de que a maioria dos atendimentos era relacionado ao próprio HC, que agora passa a utilizar o espaço como Pronto Atendimento. A explicação da prefeitura também foi publicada pela mídia local (leia aqui).
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