CUT pede apoio para redução da jornada de trabalho

por Assessoria Comunicação publicado 14/10/2009 20h25, última modificação 28/06/2021 07h39
A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, cujo projeto de lei está pronto para ser votado no Congresso Nacional, foi abordada no plenário da Câmara de Curitiba, nesta quarta-feira (14), pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná, Roni Anderson Barbosa. A convite do vereador Pedro Paulo (PT), a visita do sindicalista à Casa foi utilizada para pedir o apoio dos vereadores à causa. A Câmara aprovou moção de apoio, que será enviada aos parlamentares em Brasília.
Melhores condições de vida, mais saúde, lazer e cursos profissionalizantes foram alguns dos benefícios destacados por Barbosa com a redução da jornada de trabalho. Ele também ressaltou pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) favorável à medida. Os problemas da intensidade do ritmo de trabalho, lesões, acidentes e mortes também foram lembrados. Roni Barbosa convidou os parlamentares para participarem da 6a Marcha Nacional dos Trabalhadores, que será realizada em Brasília, no dia 11 de novembro, tratando principalmente deste tema. “Com a diminuição das horas de trabalho semanais e a consequente redução do trabalho, o País irá gerar mais empregos e dinamizar a economia”, acredita.
Redução
A PEC 231/95 reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário e aumenta para 75% o valor da hora extra. A última redução da jornada de trabalho - de 48 para 44 horas semanais - ocorreu em 1988, com a Constituição Federal, e, desde então, se mantém a mesma.
No mundo, são inúmeros os países que praticam jornada de trabalho menor que a brasileira, como a Argentina e o Uruguai, com 41,5 horas semanais; o Chile, com 42,1; a França, com 34,7 horas; o Japão, com 32, e o Canadá, com 31,7 horas semanais. Na Europa, a média é de 41,1 horas semanais para homens e 35,2 horas semanais para mulheres. No Brasil, vários setores já registram jornada menor que a atual, como servidores públicos, petroleiros, bancários e telefonistas.