Curitiba vira referência na utilização de bicicletas
O vereador Mario Celso Cunha (PSB) destacou o Plano Diretor Cicloviário, elaborado pelo Ippuc por solicitação do prefeito Beto Richa (PSDB). Trata-se de um conjunto de diretrizes que engloba ciclovias, ciclofaixas, paraciclos, bicicletários e calçadas compartilhadas. Diversos técnicos do Ippuc estão debruçados sobre o projeto, que, até o final do ano, deverá ser apresentado oficialmente e colocado em prática.
Para o vereador, vice-presidente da União dos Vereadores do Paraná (Uvepar), "é importante realizar ações para incentivar o uso de bicicletas, tanto para passeio como para o trabalho. Centenas de trabalhadores utilizam hoje suas bicicletas para locomoção diária." Existe também um Plano Diretor Multimodal, em estudos no Dnit, que pretende criar uma malha cicloviária metropolitana. Mario destacou que, "hoje, com a integração da região metropolitana, é muito necessário atingir esta abrangência, criando faixas especiais, com total segurança, para uso dos ciclistas."
Segundo o líder do prefeito, Curitiba tem hoje cerca de 150 quilômetros de ciclovias para uma frota de dois milhões de bicicletas. "No Rio de Janeiro, com mais de 4 milhões de bikes, o número de ciclovias é o mesmo de Curitiba. Em São Paulo, somente agora o prefeito Gilberto Kassab sancionou a lei 14.266 que cria o Sistema Cicloviário de São Paulo, fazendo da bicicleta um verdadeiro meio de transporte. Lá não existem oficialmente ciclovias e somente neste momento é que as soluções estão em planejamento."
Outro ponto destacado por Mario Celso é com referência ao metrô. Ele disse que "o prefeito Beto Richa já determinou que todas as 22 estações da primeira linha do metrô sejam ligadas por uma grande ciclovia onde hoje passa o ônibus biarticulado do sistema Expresso nos eixos norte e sul. Outra informação importante é que todas elas terão bicicletários." O vereador ainda lembrou que pelos novos programas a malha cicloviária terá um crescimento de 45%.
A primeira ciclovia do mundo foi criada em Paris, em 1862, quando a prefeitura implantou caminhos especiais nos parques para os velocípedes para não se misturarem com as charretes e carroças. Mario Celso destacou que "a bicicleta é silenciosa, não poluente e promotora da saúde. A maioria dos motoristas também é um ciclista. Por isso, todos devem respeitar este tipo de transporte, garantindo melhor segurança no trânsito. Na questão de saúde, é bom lembrar que andar de bike é um exercício aeróbico e emagrece. Também aumenta o potencial de fôlego, deixa as pernas torneadas, exercita a cabeça, economiza dinheiro, alivia o estresse, previne doenças e dribla os congestionamentos. Bons argumentos para quem gosta de uma pedalada.
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