Curitiba: Vereadores questionam gestão de recursos em setores essenciais
As perguntas feitas por cinco dos 38 parlamentares foram respondidas pela representante da Secretaria de Finança, Daniele Regina dos Santos, superintendente executiva da pasta. (Foto: Bruno Lombardi/CMC)
Sob a coordenação da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, os vereadores e vereadoras da capital debateram a prestação de contas da Prefeitura de Curitiba referente ao segundo quadrimestre de 2024 - maio a agosto. O principal mote do debate foram os investimentos do Executivo em áreas como educação, habitação, cultura, drogadição e urbanismo. A audiência pública aconteceu na manhã desta segunda-feira (30) durante a sessão plenária.
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As perguntas feitas por cinco dos 38 parlamentares de Curitiba foram respondidas pela representante da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento, Daniele Regina dos Santos, superintendente executiva da pasta. Ela explicou, por exemplo, que houve variação negativa em relação às transferências da União e do estado, em comparação ao mesmo período de 2023, devido a convênios finalizados e outros ainda não iniciados.
“Alguns repasses vinham de um convênio grande com o estado, que tínhamos no ano passado, mas o convênio já acabou. E tivemos algumas questões com o Governo Federal, que estão em andamento, principalmente na área da educação, mas que ainda não veio o repasse dos recursos. Então, como eles não se realizaram, realmente aparece ali uma queda nas transferências”, explicou a superintendente executiva.
No que diz respeito ao transporte coletivo, Daniele dos Santos explicou que, enquanto em 2023 foram repassados cerca de R$841 milhões como subsídio, neste ano, a ausência de um acordo específico impediu a liberação de novos recursos. Indagada sobre se a Prefeitura de Curitiba vai atingir o teto de gastos fixado em 25% para a educação, ela respondeu que a liquidação de despesa está abaixo de 20%, mas que o empenho já chegou a 23,12% do legalmente exigido. “A educação vai atingir o limite de investimentos previstos em lei até o final do ano”, garantiu.
Também questionada sobre recursos para a habitação e sobre as dívidas da Cohab (Companhia de Habitação Popular), a gestora explicou que a dívida da Cohab é bem antiga, vem de anos anteriores, “quando houve alterações na forma de financiamento da casa própria”, e que o Município ficou com uma série de dívidas, que estão sendo quitadas. Ainda segundo Daniele dos Santos, os recursos para a habitação estão disponíveis no fundo municipal, “que está cada vez maior e já está acima dos R$30 milhões”; e complementou que o Executivo já liberou dois processos licitatórios, ainda sem empenho.
Cobrada sobre investimentos na assistência social, em especial para o combate à drogadição e para o atendimento a dependentes químicos, a representante da Secretaria de Finanças explicou que, da parte do Município, a utilização dos recursos já está autorizada, mas a pasta ainda não recebeu as ordens de despesa, que dependem das secretarias pertinentes, que fazem a contratação da despesa com entidades que têm condições de prestar o serviço. Já sobre o aumento do orçamento para a cultura, Daniele dos Santos disse que isso aconteceu devido ao aumento dos valores dos editais. Em relação ao aumento dos investimentos em urbanismo, de R$1,35 bilhão em 2023, para R$1,998 bilhão em 2024, ela respondeu que é devido ao “incremento da Linha Verde e do Inter 2”.
Participaram do debate com a superintendente executiva da Secretaria de Finanças os vereadores Giorgia Prates - Mandata Preta (PT), Indiara Barbosa (Novo), Professora Josete (PT) e Serginho do Posto (PSD), integrantes da Comissão de Economia da CMC; e Noemia Rocha (MDB).
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