Curitiba terá data para reconhecer trabalho dos protetores de animais
Por iniciativa de Katia Dittrich (SD), o plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou em definifivo, nesta quarta-feira (9), projeto de lei que cria o Dia Municipal do Protetor de Animais, a ser celebrado anualmente no dia 4 de outubro (005.00070.2019). “Precisamos reconhecer o trabalho incansável destas pessoas, que fazem uma enorme diferença na sociedade em prol dos animais, da saúde pública e do respeito à vida”, afirmou a vereadora.
Na data, tanto Prefeitura quanto a CMC poderão promover eventos, palestras e campanhas com o objetivo de estimular a reflexão e a conscientização sobre os direitos dos animais. Conforme a parlamentar, com o advento das redes sociais, muitas pessoas estão envolvidas com a causa dos animais, mas não fazem o trabalho de proteção “em sua essência”. “As redes trouxeram um avanço na disseminação da causa, mas não supriram a necessidade da força de trabalho necessária para a desenvolvimento da proteção animal na prática, um trabalho que seria obrigação do poder público”.
“Pegar um animal ferido, arcar com as despesas veterinárias, conseguir um lar ou muitas vezes o protetor ter que ficar com o animal resgatado não é tarefa fácil, mas é um ato de amor. Buscar apoio, promover eventos de arrecadação de fundos, pedidos de doação...É uma luta às vezes humilhante. O custo para manter esse trabalho é enorme, mas o verdadeiro protetor jamais deixa de fazer o que precisa ser feito. Muitas vezes abrindo mão de uma vida social, porque uma vida não espera, um animal precisa ser alimentado, abrigado”, completou Katia Dittrich.
Debate
Diversos vereadores manifestaram apoio ao projeto e reconheceram a importância do serviço executado pelos protetores. Fabiane Rosa (DC) disse se considerar uma protetora, mas alertou que “proteção animal não é profissão, é uma missão. Todos os dias devem ser de proteger e salvar vidas”. Na opinião da vereadora, a maior homenagem que alguém pode fazer a um protetor é adotar um animal, “abrindo a oportunidade de outra vida ser salva”.
Fabiane aproveitou o debate para reforçar suas bandeiras de lutar pelo fim da exploração dos animais, da comercialização de vidas, e garantiu que continua a batalhar pelo fim da soltura de fogos com estampido, e para que todos reconheçam que os animais são seres sencientes (que sentem) e não coisas. “O cuidado é dever do Poder Público e da coletividade, mas amar amar é privilégio de alguns”, resumiu.
Mestre Pop (PSC) reconheceu que a tarefa exige “sensibilidade” e disse que a criação da data será uma importante ferramenta para divulgar a importância dos protetores junto às comunidades. O vereador revelou ajudar nove protetoras e destacou que muitos são anônimos e que “todos fazem de coração, tiram do bolso para cuidar e depois entregam para doação”. O vereador Colpani (PSB) afirmou admirar os protetores de animais e condenou pessoas que praticam o abandono. Já Oscalino do Povo (Podemos) sugeriu maior sintonia entre as diversas secretarias municipais, para atender pessoas que moram nas periferias, “sendo que muitos possuem também animais”.
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