Curitiba homenageará o arquiteto autodidata Eduardo Posfaldo

por Assessoria Comunicação publicado 21/09/2016 13h00, última modificação 08/10/2021 09h07

Apesar de não ter a formação acadêmica em Arquitetura – era técnico em contabilidade – foi elaborando projetos na área para grandes construtoras que Eduardo Posfaldo ganhou a vida em Curitiba. Na sessão plenária desta quarta-feira (21), os vereadores decidiram homenagear o “arquiteto autodidata” com a nomeação de um logradouro público (009.00024.2016). A votação em segundo turno, unânime, contou com 27 votos favoráveis.

Natural de Irati, Eduardo Posfaldo faleceu aos 72 anos de idade, em 2008. “O conhecimento dele não vinha da academia, mas de seu dom e dos contatos que tinha com outros profissionais”, explica a autora da iniciativa, na justificativa do projeto de lei. “Seu gosto pela arquitetura modernista vinha desse contato com arquitetos e engenheiros, que se inclinavam para essa tendência. A esposa, Leoni, conta que ele tinha em casa muitas obras de Le Corbusier, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa”, afirmou.

“Trabalhou no escritório de engenharia de José Jacob Wasilewski, na construtora Marna e no departamento de arquitetura do Palácio Iguaçu durante o governo Ney Braga. No meio da vida, trabalhava como autônomo, em um escritório montado na sua residência”, diz a autora. “Posfaldo tinha talento e um amplo conhecimento na área arquitetônica. Atualmente, mesmo com softwares próprios, continuou elaborando seus projetos à mão, que depois eram passados ao Autocad por estudantes de arquitetura”.

No projeto, a parlamentar conta que Posfaldo “não se importava em não poder assinar seus projetos, por não ter a formação na área”. “O que lhe interessava era satisfazer os clientes, e não necessariamente divulgar seu nome. Nesse sentido, participava de muitos eventos, com trabalhos, mas na maioria dos casos, os trabalhos não eram assinados por ele. Pessoas solicitavam projetos direcionados a exposições, os quais ele elaborava, cobrava por eles, mas não colocava sua assinatura”, relata.

Utilidade pública
O plenário também acatou em segunda votação, de forma unânime, que a Associação Turomm de Assistência Social receba declaração de utilidade pública (014.00010.2016). Para obter o título, é necessária a realização de serviços de interesse da população, sede na cidade, documentação em dia e apresentação de relatório de atividades (lei 13.086/2009).

A Associação Turomm, cujos dirigentes estiveram em plenário ontem, para acompanhar a votação em primeiro turno, existe desde 1977 e administra os projetos Criança Solidária e Lar Vó Danda. Também faz campanhas de doação de alimentos e de roupas. A declaração de utilidade pública é exigida pelo Poder Público para a realização de convênios, por exemplo, e não pode ser concedida a instituições cujos serviços sejam prestados exclusivamente em favor dos associados, ou naquelas em que a direção é remunerada pela própria entidade.

Restrições eleitorais
Durante o período eleitoral, nas notícias divulgadas pela Câmara de Curitiba, ficará restrita ao SPL (Sistema de Proposições Legislativas) a informação sobre a autoria das peças legislativas – projetos de lei, requerimentos ao Executivo, pedidos de informação, moções e sugestões, por exemplo. Dos 38 parlamentares atuais, 32 são candidatos a reeleição – logo restrições também ocorrerão na cobertura do plenário e das comissões temáticas, para que a comunicação pública do órgão não promova o desequilíbrio do pleito. A instituição faz isso em atendimento às regras eleitorais deste ano, pois serão escolhidos a chefia do Executivo e os vereadores da próxima legislatura (2017-2020).