Curitiba ganha Semana de Luta Contra as Hepatites

por Assessoria Comunicação publicado 29/03/2016 12h45, última modificação 06/10/2021 07h39
A Câmara Municipal de Curitiba aprovou nesta terça-feira (29), com unanimidade, a criação da Semana de Luta Contra as Hepatites. Proposta pelo vereador Chicarelli (PSDC), a data deverá ser comemorada junto ao Dia Mundial de Combate as Hepatites, 28 de julho. Para seguir para a sanção do prefeito Gustavo Fruet, a matéria (005.00191.2015) depende da votação em segundo turno, na sessão desta quarta-feira (30).

“É um projeto simples para uma causa relevante. As hepatites são uma doença silenciosa que pode levar à morte, em seus vários tipos. Perdi um irmão, devido a sucessivos erros médicos e à falta de um diagnóstico precoce. Por uma hepatite recorrente que virou um câncer”, afirmou Chicarelli. Segundo o vereador, a Prefeitura de Curitiba promovia, até 2013, ações de prevenção ao problema, ligadas ao Dia Mundial de Combate as Hepatites. “O motivo real de trazer isso [à pauta] é para que o Município invista mais em políticas de prevenção. Com isso teremos menos gastos [com o tratamento dos pacientes].”

A prevenção e a conscientização da população foram destacadas por Julieta Reis (DEM), que sugeriu a distribuição de materiais preventivos na Boca Maldita, por exemplo, e a presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte, Noemia Rocha (PMDB). Carla Pimentel (PSC) alertou, em especial, à hepatite alcoólica, “que traz reflexo muito preocupante no orçamento da saúde [pública municipal]”.

O debate sobre a Semana de Luta Contra as Hepatites também girou em torno da execução das leis. “Já aprovamos várias datas que se tornaram irrelevantes, porque não saíram do papel e não houve dedicação por parte do vereador que a aprovou, faltou a promoção de eventos e campanhas alusivas. Esta semana será extremamente relevante se as secretarias municipais da Saúde, de Comunicação Social e do Esporte, Lazer e Juventude e o Departamento de Políticas Sobre Drogas trabalharem juntos na conscientização da população”, defendeu Valdemir Soares (PRB).

“Esta Casa tem que cobrar a execução das leis”, avaliou Tico Kuzma (Pros). Ele lembrou da norma 14.129/2012, proposta pela então vereadora Renata Bueno, que tinha como objetivo consolidar a legislação municipal, mas não foi executada. “Sou autor da Semana Municipal de Prevenção e Combate à Depressão. A lei [14.390/2013] está lá, mas não foi cumprida. O senhor [Chicarelli] fique em cima, senão não vai sair do papel”, acrescentou Colpani (PSB).

O Professor Galdino (PSDB) e Chico do Uberaba (PMN) fizeram críticas à administração municipal. “É triste ver a forma como a saúde [pública] está sendo conduzida”, disse o segundo vereador. Já como exemplo de data que “saiu do papel”, Valdemir Soares citou a Marcha para Jesus (leis municipal 11.361/2005), de sua iniciativa. “Na época sofremos vários questionamentos, mas hoje temos o maior evento do calendário oficial de Curitiba”, afirmou. “Um trabalho contra as hepatites salva vidas”, complementou.