Curitiba ganha associação de crianças com cardiopatias

por Assessoria Comunicação publicado 04/04/2011 20h20, última modificação 09/08/2021 07h26
“A partir de agora, nosso trabalho poderá ampliar seu alcance e a construção de uma sede própria, pronta a acolher as famílias em dificuldades que nos procuram, já é uma de nossas prioridades.” Essa é a perspectiva de Maureen Classe, presidente da Associação de Crianças Coração de Leão (ACCL), que foi fundada na última semana, em solenidade na Câmara Municipal de Curitiba.
As atividades da ACCL têm como objetivo o apoio e orientação de famílias com crianças com cardiopatias congênitas e surgiu da união de mães de crianças com doenças desse gênero. O presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB), que apoia a entidade, presidiu a sessão, na qual estavam presentes outros incentivadores, como o cardiologista Fabio Sallum e Irajá de Brito Vaz, secretário especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que também representou o prefeito Luciano Ducci.
Sallum destacou em seu pronunciamento que o número de crianças que nascem com cardiopatias congênitas no Brasil se aproxima de 40 mil a cada ano e que na região Sul apenas metade tem acesso a tratamento especializado, índice que chega a apenas 5% na região Norte do país.
“Ser pai e mãe de um cardiopata é abdicar de sonhos para ter uma vida de luta, sustos e sacrifícios, para que as crianças não sofram ainda mais e possam ter uma vida plena”, afirmou Sheila Elizabeth Silveira, umas das “mães leoas”, forma como se autodenominam as mães integrantes da instituição.
Irajá de Brito Vaz ressaltou que, do ponto de vista jurídico, a fundação da associação é uma passo importante para o progresso dos trabalhos e que, como gestor público, vê com satisfação o lançamento da entidade. “Como pessoa jurídica, poderá ter uma melhor relação com o Hospital Pequeno Príncipe, que já é um parceiro, e também poderá captar auxílio financeiro com mais facilidade,” salientou.
Maureen Classe ainda relatou fatos do cotidiano da instituição, como a chegada de maẽs desesperadas de várias partes do país buscando ajuda, e a realização de “campanhas do agasalho”. “Sempre precisamos acolher pessoas com pouca instrução e em dificuldades financeiras, e temos lutado para conscientizar a sociedade sobre o problema das cardiopatias congênitas”, conta Maureen, como o projeto de lei que cria o Dia Municipal da Cardiopatia Congênita, que já tramita na Câmara Municipal, de autoria do vereador Luiz Felipe Braga Côrtes (PSDB).