Curitiba e Manaus trocam experiências sobre água

por Assessoria Comunicação publicado 29/06/2010 19h20, última modificação 30/06/2021 08h22
A troca de experiências entre a Comissão da Água de Curitiba e a de Manaus, criada na Câmara Municipal da capital do Amazonas, foi relatada pelo vereador Francisco Garcez (PSDB) durante a sessão plenária desta terça-feira (29). Presidente da comissão, Garcez esteve em Manaus acompanhado do relator, vereador Caíque Ferrante (PRP), onde abordaram as ações curitibanas quanto aos recursos hidrográficos, despoluição dos rios e outros assuntos relativos à água.
Garcez afirmou que a comissão especial em Curitiba foi instalada para investigar e fazer um diagnóstico dos rios que abastecem a cidade. Segundo o parlamentar, a questão da água é mundial e o mau uso dos recursos e a poluição são problemas em todos os países. Na opinião dele, Curitiba influenciou a reabertura da Comissão da Água de Manaus e continua sendo referência nacional na tecnologia e nos programas municipais. Ressaltou, ainda, a importância do tema, informando que o Congresso Nacional discute, nesta semana, “a situação da água brasileira, uma vez que navios cargueiros estrangeiros estão roubando água potável do País”. De acordo com Garcez, apenas 0,08% da água do planeta é potável e “não é justo que levem nossa água embora.”
“É preciso cuidado com o destino que será dado à nossa água. As bacias hidrográficas do município que abastecem as casas estão contaminadas e inevitavelmente surgirão problemas mais tarde, quando lamentaremos para as futuras gerações”, disse Caíque Ferrante, adiantando que, em breve, a Câmara vai receber integrantes da Comissão das Águas de Manaus. A seriedade da comissão curitibana foi destacada pelo líder do prefeito, vereador Mario Celso Cunha (PSB). Ele informou, ainda, que, no mundo, mais de um bilhão de pessoas não têm o que beber e 500 milhões bebem água poluída.
Comparação
Uma das diferenças entre a comissão de Curitiba e Manaus está no prazo para a conclusão dos trabalhos. Os vereadores curitibanos terão dois anos para entregar o relatório final. Em Manaus, o prazo é de dois meses. A capital amazonense está localizada na maior bacia hidrográfica do planeta. Já Curitiba possui 97% da rede de esgoto instalados na cidade, com 75% sendo tratados.