Cuidados com a dengue devem ser permanentes, diz secretário de Saúde

por Assessoria Comunicação publicado 25/05/2016 15h35, última modificação 07/10/2021 07h33

O secretário municipal de Saúde César Titton prestou contas perante os vereadores de Curitiba, na manhã desta quarta-feira (25), das ações realizadas na área entre os meses de janeiro a abril de 2016. No plenário da Câmara Municipal, ele alertou à necessidade de serem mantidos os cuidados para evitar a criação de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Participaram da audiência representantes de hospitais, integrantes do Conselho de Saúde, e a população em geral, que puderam fazer perguntas e cobrar esclarecimentos do gestor – veja aqui como foi.

“Agora estamos preocupados com as doenças respiratórias, que chegam com o frio, mas com temperaturas acima de 17º já é possível a reprodução do mosquito. Por isso, os cuidados, investimentos e o trabalho de prevenção precisam ser permanentes”, alertou Titton. Segundo ele, no primeiro quadrimestre foram confirmados 451 casos de dengue, enquanto que, em todo o ano de 2015, houve 242 casos. Do total de casos de 2016, 17 foram autóctones (contraídos no município) e dois resultaram na morte dos pacientes.

Os bairros que mais registraram casos de dengue foram CIC, Sítio Cercado, Boqueirão e Cajuru e, segundo o secretário, nos locais com casos autóctones foram realizados procedimentos de bloqueio pelos agentes de saúde e combate a endemias. “Houve grande empenho das equipes nesse trabalho. No primeiro quadrimestre do ano passado foram feitas 79,6 mil inspeções domiciliares, mas, neste ano, passamos para 513,1 mil, um aumento de 85%”, comparou.

Em relação aos dados financeiros, o titular da Saúde afirmou que Curitiba já gastou neste ano o total de R$ 543,2 milhões, sendo que 48,6% destes recursos vieram do tesouro municipal e 51,3% de fontes externas, especialmente do Governo Federal. Deste montante, os gastos principais foram recursos humanos, com 32,7%; 61,2% com despesas correntes; e 5,2% com encargos.

Conforme os dados divulgados por César Titton, o montante aplicado no quadrimestre com recursos municipais (R$ 262,5 milhões) equivale a 15,87% das receitas consideradas para fins de apuração do mínimo constitucional com ações e serviços de saúde, que é de 15%. Os recursos arrecadados no período, e que servem para esse cálculo, somaram R$ 1,6 bilhão.

Rede de saúde
A prestação de contas também tratou da infraestrutura da rede de atendimento. Segundo o secretário, das 98 Unidades Básicas de Saúde, 71 já foram reformadas e outras 27 “estão em processo para serem reformadas”. Ele destacou ainda a entrega da reforma da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Fazendinha, com investimentos próprios de R$ 280 mil.

Titton garantiu a continuidade das obras das unidades Jardim Aliança (70% concluída), Campo Alegre (58% concluída) e UPA do Tatuquara (75% concluída). “Estamos em processo de reforma da antiga sede do Laboratório Municipal, no Parolin, para a implantação de um CAPS [Centro de Atendimento Psicossocial] e uma Unidade de Acolhimento Transitório”, emendou. César Titton também apresentou dados dos atendimentos realizados nas redes de atenção básica, de urgência e emergência e especializada da rede municipal de saúde. Todas as informações prestadas pelo secretário podem ser conferidas aqui.