“A criação de um Circuito Cervejeiro nos bairros Boqueirão e Hauer, onde muitas empresas do ramo que são vencedoras de competições internacionais estão instaladas, vai consolidar a região como um pólo gastronômico e turístico”, defendeu Dalton Borba (PDT), nesta terça-feira (8), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Ele formalizou a ideia em uma sugestão ao Executivo (205.00323.2022), que foi aprovada hoje pelos vereadores da capital do Paraná.

Borba é o autor de um projeto de lei propondo a criação do Polo Cervejeiro, mas após uma reunião agendada pelo líder do prefeito, Pier Petruzziello (PP), com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), na última sexta-feira (4), decidiu arquivar a iniciativa e substituí-la por uma sugestão ao Executivo. “Concordamos que o Polo, da forma como estava proposto, estava em desacordo com a Lei de Zoneamento”, disse o parlamentar.

A ideia era abranger um raio de dois quilômetros a partir da rua Carlos de Laet (005.00015.2020, com o substitutivo 031.00066.2022), o que incluiria cervejarias tradicionais da cidade, como a Bodebrown e a Xamã. “Não tinha como prosperar, pois ia de encontro à Lei de Zoneamento, e não podemos votar projetos que não tenham eficácia lá na ponta. Mas continuaremos assim, sempre buscando ajudar projetos bons para a cidade. Queremos viabilizar o trabalho de todos os vereadores”, disse Petruzziello, afirmando que não faz distinção entre projetos da base e da oposição.

O vereador Eder Borges (PP) manifestou-se favoravelmente ao projeto, reforçando que “Curitiba é uma capital cervejeira e do rock”. “Eu sou fã dessa cultura, que orgulha a nossa cidade”, disse o parlamentar. Dalton Borba complementou sua defesa da ideia, afirmando que o circuito cervejeiro seria uma inovação do turismo da cidade, constituindo uma opção a mais de passeio aos turistas que visitam a capital do Paraná.

Menores de 14 anos
A CMC apoiou o envio ao Executivo de sugestão da vereadora Sargento Tânia Guerreiro (União), na qual ela pede que a Prefeitura de Curitiba proíba crianças menores de 14 anos de utilizarem o transporte público desacompanhadas de um adulto responsável (205.00324.2022). “Não sabemos os perigos que elas correm”, alertou a parlamentar. Na justificativa, ela frisou ter havido um número expressivo de desaparecimentos de jovens, no Paraná, em 2020. “Uma criança some a cada dois dias”, justificou.

Apesar de não serem impositivas, as indicações aprovadas na CMC são uma das principais formas de pressão do Legislativo sobre a Prefeitura de Curitiba, pois são manifestações oficiais dos representantes eleitos pela população e são submetidas ao plenário, que tem poder para recusá-las ou endossá-las. Por se tratar de votação simbólica, não há relação nominal de quem apoiou a medida – a não ser os registros verbais durante o debate.