Criação de 60 vagas na TI da prefeitura avança na Câmara de Curitiba

por José Lázaro Jr. | Revisão: Brunno Abati* — publicado 07/06/2023 11h10, última modificação 07/06/2023 11h33
Dos 11 projetos de lei na pauta da Comissão de Constituição e Justiça, apenas 2 ganharam parecer favorável da CCJ.
Criação de 60 vagas na TI da prefeitura avança na Câmara de Curitiba

Reunião da CCJ foi transmitida ao vivo pelas redes sociais da Câmara de Vereadores. (Foto: Carlos Costa/CMC)

Numa terça-feira (6) repleta de debates na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que teve o arquivamento da cota para pessoas trans e a indicação da manutenção do veto à homenagem ao filósofo Olavo de Carvalho, apenas dois projetos de lei ganharam parecer positivo da CCJ. O destaque é o projeto da Prefeitura de Curitiba que pede autorização ao Legislativo para criar 60 vagas de analistas de Tecnologia da Informação, com remuneração inicial de R$ 6,8 mil, para que esses profissionais estabeleçam uma “política de Tecnologia da Informação e Comunicação estável e de longo prazo” (005.00019.2023).

No parecer aprovado pela CCJ, a vereadora Amália Tortato (Novo) indicou que o projeto deve tramitar pelas comissões de Economia e de Serviço Público antes de ser submetido ao plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). O voto positivo foi apoiado por Bruno Pessuti (Pode), presidente da CCJ, e pelos vereadores Rodrigo Reis (União), Angelo Vanhoni (PT), Toninho da Farmácia (União) e Ezequias Barros (PMB). Participando da sessão de forma eletrônica, Mauro Ignácio (União) apoiou o voto alternativo, de Barros, que também foi favorável ao trâmite, mas que pedia informações complementares ao Executivo.

O outro projeto de lei que ganhou voto positivo da CCJ foi o pedido de Declaração de Utilidade Pública à Associação Juntos Paraná (014.00047.2022), de autoria do vereador Pier Petruzziello (PP). A CCJ é a única comissão da CMC com prerrogativa regimental para arquivar um projeto protocolado no Legislativo, o que faz dela o principal colegiado da Câmara de Curitiba. As reuniões acontecem às terças-feiras, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da CMC (confira aqui).

Devolução aos autores

Pelo Regimento Interno, quando um projeto é devolvido por alguma comissão temática, o autor possui prazo de até 120 dias para responder aos apontamentos feitos pelo colegiado, sob pena de arquivamento. Foi o que aconteceu, nessa reunião da CCJ, com a instalação de totens da Muralha Digital nas escolas municipais (005.00068.2023), com o Programa de Apoio às Pessoas com Doença de Alzheimer e outras Demências (005.00066.2023) e com o pedido de Declaração de Utilidade Pública à Ação Social Irmandade Sem Fronteiras (014.00016.2023).

Mais informações

Os membros da CCJ resolveram consultar o Executivo sobre o alcance de dois projetos de lei protocolados no Legislativo. Foi aprovado o parecer de Dalton Borba (PDT) pedindo que a Urbs se manifeste sobre iniciativa de Amália Tortato que desburocratiza a publicidade nos ônibus (005.00067.2023). Por indicação de Pessuti, o Executivo será consultado sobre a mudança proposta por Rodrigo Reis na transmissão de autorizações do comércio ambulante (005.00062.2023).

Pedidos por mais informações de outros órgãos, segundo o Regimento Interno, suspendem os prazos por até 30 dias para dar tempo para que as unidades demandadas se manifestem. Se ao final desse prazo não houver resposta, o projeto de lei volta à pauta do colegiado, sendo submetido a novo parecer do mesmo relator.

Não houve deliberação sobre dois projetos na pauta, em razão deles terem sido objeto de pedidos de vista regimental. Isso aconteceu com a proposta de integração do transporte coletivo fora dos terminais de ônibus (005.00059.2023) e com o pedido de Declaração de Utilidade Pública à Associação GBK-Shotokan de Karatê (014.00043.2022). As duas proposições retornarão à pauta da CCJ na próxima reunião, na terça-feira da semana que vem.


*Notícia revisada pelo estudante de Letras Brunno Abati
Supervisão do estágio: Alex Gruba