Cresce adesão à lei contra o fumo

por Assessoria Comunicação publicado 19/04/2010 17h40, última modificação 29/06/2021 09h07
A lei que proíbe o consumo de tabacos em ambientes fechados de uso coletivo e elimina os fumódromos completa cinco meses. O vereador Tico Kuzma (PSB), autor da lei, se reuniu com a secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas, para discutir o assunto. O parlamentar foi informado que menos de 0,5% dos bares, restaurantes e logradouros de uso público inspecionados desde o início da vigência da lei antifumo foram autuados pela Vigilância Sanitária. "Isso mostra a adesão da população à nova legislação, que é instrumento de proteção da saúde coletiva", adiantou a secretária.
Segundo Kuzma, as pessoas estão cada vez mais conscientes dos malefícios causados pelo cigarro e estão respeitando não somente a lei, mas também ao próximo. “Quem ganha com isso é a saúde da população”, afirma o vereador, que lembrou do empenho da Vigilância Sanitária, que atua na fiscalização e orientação dos clientes nos bares e restaurantes.
Fumantes passivos
O vereador destacou, na Câmara de Curitiba, notícia divulgada pela organização internacional Colaboração Cochrane, semana passada, apontando que leis que proíbem cigarro em locais públicos diminuem as internações decorrentes de ataques cardíacos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo passivo é a terceira causa de morte evitável no mundo. Kuzma lembra que o órgão entregou prêmio ao Brasil, no mês passado, em reconhecimento ao esforço nacional pela luta contra o tabagismo e realização de pesquisa sobre o uso de tabaco no País.
Tóxico
Segundo Adriana Pereira de Carvalho, da Aliança de Controle de Tabagismo do Brasil, a lei antifumo está de acordo com a “Convenção Quadro para Controle do Tabaco”, tratado internacional ratificado pelo Brasil, que recomenda a proteção contra a exposição à fumaça do tabaco em todos os locais de trabalho, transporte público, lugares públicos fechados, sendo a proibição do fumo a política pública mais eficaz e barata de prevenção, proteção e promoção da saúde. “ A fumaça do tabaco é a principal fonte de poluição em ambientes internos e não há níveis seguros de exposição. Contém cerca de 4.800 substâncias, sendo ao menos 250 comprovadamente tóxicas e 50 agentes carcinogênicos”, explicou Adriana.