CPI das Invasões ouve assessor do governador
O pastor Carlos Lima, assessor do governador Roberto Requião, foi ouvido na CPI das Invasões da Câmara de Curitiba, nesta segunda-feira (16). Durante a reunião, os vereadores fizeram diversos questionamentos a Lima, muitas vezes respondidos pelo seu advogado, Jackson Roberto Moraes Alves.
O pastor da Igreja Batista negou estar envolvido diretamente, afirmando apenas que sua participação se deve ao fato de agir em benefício dos munícipes e também por ter sido chamado pelos ocupantes, por seu ofício pastoral e governamental. “Sempre atuei em defesa dos movimentos sociais, por isso estou na assessoria do governo. Com freqüência, sou chamado para ajudar a massa que vive na marginalidade”, informou. Disse que recebeu vários telefonemas, sendo avisado que a Polícia Militar estaria no local, exigindo a reintegração de posse do terreno sem mandado, o que é ilegal. “Como sei que não se pode fazer nada sem ordem judicial, defendi a população que estava no local. Não encampei nenhuma ilegalidade. Era uma ação irregular e, conhecendo os direitos do cidadão, apenas intermediei a situação perante a PM”, disse. Questionado sobre a ação da polícia, Lima ressaltou que a pergunta deve ser feita às autoridades competentes, já que isso não é de sua alçada. “A PM cumpriu o que tinha que ser cumprido”, destacou.
O assessor criticou a ausência de legislação municipal quanto às grandes áreas desocupadas em Curitiba, citando exemplos de terrenos no bairro Cabral sem qualquer tipo de cerca. Fez críticas também à maneira como alguns veículos de imprensa vêm relatando o fato e afirmou não se lembrar quando foi sua última ação nas invasões.
Questionado pelo vereador Valdenir Dias (PSB) se tinha conhecimento antecipado das invasões ou das pessoas que as estariam programando, o pastor informou que “não soube de nada”. Lima disse não ter conhecimento se há interesses dos proprietários dos terrenos invadidos, mas que avisou sobre infiltrações de “figuras conhecidas”. Presente na reunião, o vereador André Passos (PT), que conhece o pastor desde 1994, defendeu a atuação em defesa dos direitos humanos. “Muitos estão aí para colocar fogo e poucos para atuar como bombeiros. Carlos é um destes bombeiros”, considerou o vereador, completando que “agentes públicos têm funções públicas a serem cumpridas”.
Considerações
Lima afirmou que continua no cargo, mesmo depois da divulgação dos fatos, sem constrangimento. “Ajo pelos meus valores pessoais, compatíveis com a cidadania brasileira, diante dos princípios que acredito, que são os de Estado democrático de direito”.
O vereador Pastor Valdemir Soares (PR) explicou que a CPI não quer criminalizar ninguém, mas fortalecer a política habitacional em Curitiba, além de defender pessoas que possam estar servindo como massa de manobra. Os membros da comissão agradeceram a presença do pastor Carlos Lima e o respeito pela Câmara de Curitiba, ao comparecer à reunião, ressaltando que o convite foi feito por de ter sido citado diversas vezes durante as visitas nas ocupações.
A próxima reunião da CPI será segunda-feira que vem, dia 23, às 14h, na Sala das Comissões do Legislativo, com a presença confirmada do comandante do Policiamento da Capital, coronel Amaro do Nascimento Carvalho.
O pastor da Igreja Batista negou estar envolvido diretamente, afirmando apenas que sua participação se deve ao fato de agir em benefício dos munícipes e também por ter sido chamado pelos ocupantes, por seu ofício pastoral e governamental. “Sempre atuei em defesa dos movimentos sociais, por isso estou na assessoria do governo. Com freqüência, sou chamado para ajudar a massa que vive na marginalidade”, informou. Disse que recebeu vários telefonemas, sendo avisado que a Polícia Militar estaria no local, exigindo a reintegração de posse do terreno sem mandado, o que é ilegal. “Como sei que não se pode fazer nada sem ordem judicial, defendi a população que estava no local. Não encampei nenhuma ilegalidade. Era uma ação irregular e, conhecendo os direitos do cidadão, apenas intermediei a situação perante a PM”, disse. Questionado sobre a ação da polícia, Lima ressaltou que a pergunta deve ser feita às autoridades competentes, já que isso não é de sua alçada. “A PM cumpriu o que tinha que ser cumprido”, destacou.
O assessor criticou a ausência de legislação municipal quanto às grandes áreas desocupadas em Curitiba, citando exemplos de terrenos no bairro Cabral sem qualquer tipo de cerca. Fez críticas também à maneira como alguns veículos de imprensa vêm relatando o fato e afirmou não se lembrar quando foi sua última ação nas invasões.
Questionado pelo vereador Valdenir Dias (PSB) se tinha conhecimento antecipado das invasões ou das pessoas que as estariam programando, o pastor informou que “não soube de nada”. Lima disse não ter conhecimento se há interesses dos proprietários dos terrenos invadidos, mas que avisou sobre infiltrações de “figuras conhecidas”. Presente na reunião, o vereador André Passos (PT), que conhece o pastor desde 1994, defendeu a atuação em defesa dos direitos humanos. “Muitos estão aí para colocar fogo e poucos para atuar como bombeiros. Carlos é um destes bombeiros”, considerou o vereador, completando que “agentes públicos têm funções públicas a serem cumpridas”.
Considerações
Lima afirmou que continua no cargo, mesmo depois da divulgação dos fatos, sem constrangimento. “Ajo pelos meus valores pessoais, compatíveis com a cidadania brasileira, diante dos princípios que acredito, que são os de Estado democrático de direito”.
O vereador Pastor Valdemir Soares (PR) explicou que a CPI não quer criminalizar ninguém, mas fortalecer a política habitacional em Curitiba, além de defender pessoas que possam estar servindo como massa de manobra. Os membros da comissão agradeceram a presença do pastor Carlos Lima e o respeito pela Câmara de Curitiba, ao comparecer à reunião, ressaltando que o convite foi feito por de ter sido citado diversas vezes durante as visitas nas ocupações.
A próxima reunião da CPI será segunda-feira que vem, dia 23, às 14h, na Sala das Comissões do Legislativo, com a presença confirmada do comandante do Policiamento da Capital, coronel Amaro do Nascimento Carvalho.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba