Ao apresentar as metas da Câmara de Curitiba para o biênio 2017-2018, o presidente do Legislativo, Serginho do Posto (PSDB), confirmou a revisão de todos os contratos da instituição e estimou um corte de até 70% no valor gasto com serviços postais. As sessões plenárias foram retomadas nesta quarta-feira (1º), com uma solenidade da qual participaram o prefeito Rafael Greca (PMN) e o vice Eduardo Pimentel (PSDB), além de vários secretários municipais.

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“Teremos uma postura responsável, em atenção ao complicado período econômico pelo qual passa o país”, afirmou Serginho. A pretensão da nova Mesa Diretora é modernizar o sistema de postagem da Câmara, reduzindo custos. “A estimativa é de uma economia anual de R$ 1,7 milhão somente referente a este contrato”, informou. O primeiro-secretário da Câmara, Bruno Pessuti (PSD), justificou a manutenção do serviço por ser “uma forma de também prestar contas a uma parcela da população que não tem acesso rotineiro às mídias sociais, por exemplo, mesmo em tempos de inclusão digital”.

As despesas com locação de veículos e com a limpeza, adiantou o presidente da Câmara, também podem sofrer redução, mas Serginho não adiantou valores. “Todos os contratos estão sob revisão”, reiterou. Hoje, ao ano, 40 veículos custam R$ 1 milhão e a limpeza e conservação de cinco prédios com cerca de 200 salas custam R$ 1,75 milhão. Todos esses números estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência, em uma lista com o gasto, a empresa responsável e o valor do contrato (leia mais).

A apresentação de metas para o Legislativo foi uma promessa do presidente Serginho do Posto logo após a eleição da Mesa Diretora, no dia 2 janeiro (leia mais). Tico Kuzma (Pros) e Toninho da Farmácia (PP) são os vice-presidentes. Bruno Pessuti (PSD), Mauro Ignácio (PSB), Julieta Reis (DEM) e Cristiano Santos (PV) ocupam, respectivamente, da primeira à quarta secretaria. O mandato deles, na direção do Legislativo, vai até o final de 2018.

Construção do prédio
Serginho do Posto confirmou à imprensa a primeira medida de austeridade anunciada pela gestão, no dia 6 de janeiro: abrir mão da construção de um prédio novo para a Câmara de Vereadores. “Vamos revogar a imposição [prevista na lei municipal 14.870/2016] que determina à Prefeitura de Curitiba construir para nós um prédio novo”, disse. Na prática, a medida desobstrui o uso de R$ 58 milhões do orçamento municipal, permitindo que o Executivo gaste a verba com outras despesas (leia mais).

Reforma regimental
Segundo o presidente da Câmara, que depois da coletiva reuniu-se com os parlamentares, uma meta de trabalho para o primeiro semestre é alterar pelo menos 15 dos 253 artigos do Regimento Interno e Código de Ética. “O objetivo é melhorar as sessões plenárias”, adiantou. No segundo semestre, a intenção é dar à Lei do Zoneamento a mesma atenção que os parlamentares dedicaram ao Plano Diretor de Curitiba, quando várias audiências públicas foram realizadas pelo Legislativo (leia mais).