Cordiolli apresenta aos vereadores a reestruturação da FCC

por Assessoria Comunicação publicado 30/04/2013 16h15, última modificação 15/09/2021 10h10
O presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Marcos Cordiolli, apresentou na Câmara Municipal, na sessão desta terça-feira (30), o projeto de reestruturação do órgão. As mudanças abrangem a gestão e o quadro funcional da entidade, com estudos para a abertura de concurso público. A ideia, de acordo com ele, é descentralizar as atividades culturais, por meio de centros nos bairros.

“Nossa meta é democratizar o acesso à cultura e resgatar a cidadania cultural da população, em diversos segmentos”, disse o presidente da FCC, que participou da sessão a convite da Comissão Executiva. Ele pediu aos vereadores apoio para que o orçamento à pasta atinja, gradualmente, até 2016, 1% do orçamento.

Cordiolli adiantou que serão propostas à Casa alterações na Lei Municipal de Incentivo à Cultura, promulgada em 1991. “A mudança requer um amplo debate”, afirmou. A nova legislação pode permitir, dentre outras questões, o lançamento de editais para “microprojetos”, como ações voltadas a bairros, grupos étnicos e artistas iniciantes.

O convidado sugeriu que os vereadores levem projetos aos deputados federais de seus partidos, para que sejam destinadas verbas federais ao órgão municipal. Ele apresentou diversas ações da nova administração, como a busca de parcerias com outras entidades culturais, a exemplo da Academia Paranaense de Letras e grupos de artistas de rua, como ferramenta de combate à pichação.

O órgão realiza levantamento dos atores e espaços culturais da cidade e, de acordo com Marcos Cordiolli, será realizada, entre julho e agosto deste ano, a Conferência Municipal de Curitiba. O evento vai embasar o plano municipal para a área, projeto que também vai passar pela análise dos vereadores. “O que nos interessa é a construção de um legado cultural”, registrou.

Foi anunciada, ainda, proposta de integração entre a capital e municípios da Região Metropolitana e do litoral do estado. Na área musical, o foco é divulgar os artistas de Curitiba no cenário internacional.

Tubotecas

Dentre os projetos apresentados, Cordiolli destacou as tubotecas, já instaladas em dez estações-tubo da cidade. Referência nacional, a iniciativa será ampliada. “A vontade da população de ler se mostrou maior que o esperado. Conseguimos transformar o leitor em agente cultural, porque ele mesmo está repassando a outras pessoas o livro lido”, relatou. Ele também ressaltou o apoio de diversas instituições à ideia, que vão promover campanhas para a arrecadação de obras.

Debate

Marcos Cordiolli recebeu as boas-vindas de Jonny Stica (PT). “A cultura precisa sim de garantia no orçamento, para ser vista como área estratégica para a juventude, junto à educação”, disse o vereador. Ele destacou a experiência do gestor na área cultural, inclusive no governo federal, junto à Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Questionado pela líder da oposição, Noemia Rocha (PMDB), o convidado explicou que, conforme compromisso assumido com o Ministério da Cultura, a FCC não pode repassar recursos a eventos que não sejam exclusivamente culturais. Um exemplo é a Marcha para Jesus. Mas, de acordo com ele, a atividade vai receber apoio do órgão e da prefeitura.

Tico Kuzma (PSB) sugeriu ao presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV), a promoção de campanha para arrecadar livros para as tubotecas. Já Helio Wirbiski (PPS) reforçou a atuação da FCC para a Vinada Cultural, realizada no último sábado (27), e a revitalização do Passeio Público. Já na avaliação do líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), “A Câmara tem que ser palco da construção dessa política cultural”.

Também participaram do debate Bruno Pessuti (PSC), Carla Pimentel (PSC), Serginho do Posto (PSDB), Valdemir Soares (PRB), Mestre Pop (PSC), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Mauro Ignacio (PSB), Chicarelli (PSDC), Tito Zeglin (PDT) e a Professora Josete (PT).