A Câmara Municipal de Curitiba fechou 2016 com as contas em dia, conforme prestação de contas apresentada pela diretora do Departamento de Administração e Finanças, Aline Bogo, em audiência pública nesta quarta-feira (22). Além de ter recebido da Prefeitura Municipal R$ 19 milhões a menos dos R$ 140 milhões que tinha direito, conforme a lei 14.781/2015, a Câmara ainda devolveu para o Executivo R$ 453.611,39 economizados. No ano passado, por decisão dos vereadores, também houve o repasse à administração municipal de R$ 58,5 milhões do Fundo Especial da Câmara, poupados para a construção de um novo prédio para o Legislativo (leia mais).

Conforme explicou Aline Bogo, os gastos da Câmara somaram R$ 120 milhões em 2016. O maior gasto é com pagamento de pessoal: R$ 102,489 mi, sendo R$ 50,435 mi para a estrutura administrativa e R$ 51,298 mi para a estrutura dos gabinetes parlamentares. “Segundo a legislação, a Câmara não pode gastar mais de 70% do seu orçamento com folha de pagamento. Estamos no limite de 61% se pensarmos num orçamento de R$ 140 mi. Se compararmos com o valor a que a Câmara tem direito a receber, de acordo com o Tribunal de Contas do Estado, que seria R$ 171 mi, essa relação cai para 49%”, destacou.

A Câmara também destinou R$ 3,2 mi para investimentos na estrutura do Legislativo. Em 2016, foram gastos R$ 2,5 mi em equipamentos, obras e instalações. “O maior gasto é o projeto de instalação de um novo sistema de ar-condicionado, assim como  para a compra de mobiliário para a estrutura da Câmara”, explicou Aline (veja aqui).

Em 2016, a Câmara usou R$ 49,618 mil em diárias. Foram R$ 17.917 mil para vereadores e R$ 25.043 mil para servidores. O restante foi dividido entre integrantes da Escola do Legislativo e da Ouvidoria de Curitiba. O Legislativo também empenhou R$ 1,029 milhão na locação de veículos, R$ 2,199 mi para serviço de vigilância e R$ 1,179 mi para limpeza e conservação.
 
O presidente da Câmara, Serginho do Posto (PSDB), elogiou a Mesa Executiva da gestão passada, que era formada por Paulo Rink (PR) e os ex-vereadores Ailton Araujo e Pedro Paulo, pelo cuidado na execução do orçamento e custeio do Legislativo. “Todos os débitos tinham saldo para empenho. Houve responsabilidade com as contas”, comentou.

Para este biênio, Serginho afirmou o compromisso com a revisão dos gastos da Casa. “Estamos conversando com fornecedores. Não vamos deixar de ter nenhum serviço, mas rever contratos, tomando medidas de controle nos gastos. Os vereadores entenderam o momento. Também todos os dados referentes à Câmara estão sendo enviados dentro do prazo para o Tribunal de Contas do Estado. Não houve nenhuma notificação sobre isso”, destacou.