Cônsul da França visita Câmara de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 22/02/2006 18h55, última modificação 08/06/2021 08h30
Em visita à Presidência da Câmara Municipal de Curitiba, o Cônsul Geral da França Jean-Marc Gravier e o Cônsul Honorário Joseph Galiano foram recebidos pelo presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB) e pelos vereadores Paulo Frote e Rui Hara, ambos do PSDB. A visita aconteceu nesta quarta-feira (22).
Pela terceira vez em Curitiba e morando há seis meses no Brasil, o cônsul geral da França elogiou a cidade de Curitiba. "Esta é uma cidade muito boa para firmar acordos e parcerias. Estive com Fernando Henrique Cardoso há algumas semanas, e ele tem boas perspectivas para o Paraná", comentou.
O cônsul propôs a criação de acordos entre a França e Curitiba, além de manter contato com a Câmara de Vereadores, e pediu para que o presidente João Cláudio Derosso repassasse a mensagem ao prefeito. "Saibam que Curitiba pode contar com a França. A democracia nos proporciona escolhas, principalmente com outros países. O Brasil está pronto para trabalhar e fazer trocas".
Derosso destacou os laços que a França e o Paraná formaram. "No governo Jaime Lerner, a Renault foi trazida ao estado. Até então o Paraná era um estado agrícola. Ele mudou o perfil sócio-econômico do estado". O presidente lembrou, também, que foi no governo Lerner que a Cidade Industrial de Curitiba surgiu, trazendo a Volvo, New Holand e Siemens ao Paraná. "Com isso, Curitiba cresceu também na cultura estrangeira, pois teve que adaptar costumes, escolas e aperfeiçoar a tecnologia para acompanhar", disse.
Jean-Marc Gravier se mostrou interessado pelas eleições no Paraná, e a situação do PSDB no Brasil. "Assim como José Serra em São Paulo, Beto Richa é um nome forte, e por isso deve terminar o mandato pelo qual foi eleito. Não deve deixar o cargo para candidatar-se a governador", opinou.
O vereador e ex-secretário municipal de Assuntos Metropolitanos, Rui Hara, destacou os projetos de Curitiba em parceria com a região metropolitana, como a coleta de lixo, água e transporte, com a criação da tarifa social. "Não há limites geográficos nessas condições. Os problemas são comuns".
Transporte coletivo
Paulo Frote, líder do PSDB na Casa, questionou o cônsul sobre o sistema de transporte coletivo na França, alegando que o prefeito Beto Richa tem intenção de baixar a tarifa, mas não recebe subsídios nem do governo estadual, nem federal.
Gravier explicou que a tarifa, na França, depende do anel viário que o ônibus ou metrô percorre. "Há cinco zonas no país. Dentro de cada zona, paga-se apenas uma passagem. Mas a taxa é diferenciada quando atravessa as zonas. Além disso, não há tributos sobre o diesel e parcerias entre privado e o governo, o que barateia o custo da tarifa", explicou o cônsul.
Comparando
Na França, o salário mínimo é de cerca de 1200 euros. O custo do bilhete de ônibus ou metrô varia de 0,80 a 5 euros. Há a possibilidade de comprar cartões semanais, mensais, semestrais e anuais. O cartão anual custa aproximadamente 500 euros.
O custo de vida francês é muito alto, igualando o salário mínimo da França a R$ 400. A alimentação é cara, embora haja maior equilíbrio na distribuição de renda e um excelente trabalho de assistência social, com remédios e médicos gratuitos para toda a população.