Conselho de Ética fará acareação nesta terça
O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba promove, nesta terça-feira (21), uma nova reunião para investigar denúncias contra o vereador Professor Galdino (PSDB). Será realizada uma acareação entre o parlamentar e o jornalista Marcus Vinícius Gomes, ex-assessor de Galdino, que o acusa de crime eleitoral durante a disputa por uma vaga na Assembléia Legislativa em 2010.
Em representação protocolada no Conselho de Ética, Gomes acusa o vereador de utilizar irregularmente o gabinete parlamentar durante as eleições deste ano. Para confrontar as duas versões sobre o episódio, os membros do conselho optaram por reunir ambas as partes após a tomada dos depoimentos individuais. O início da acareação está previsto para as 15h, na sala de reuniões da presidência.
"Estamos acatando a vontade de ambos, que manifestaram o desejo de participar da acareação", afirma o vereador Roberto Hinça (PDT), presidente do conselho. O jornalista Marcus Vinícius Gomes foi ouvido pelos parlamentares que analisam as representações contra Galdino nesta segunda-feira (20), em reunião que durou mais de trẽs horas.
Durante o depoimento, ele rebateu a defesa de Galdino perante o conselho, confirmando a queixa de que o parlamentar utilizava pessoal e estrutura da instituição irregularmente. O jornalista citou o uso de selos, envelopes e mão de obra dos assessores na campanha, durante o expediente, como algumas das práticas realizadas. "Ele declarou para a Justiça Eleitoral R$ 520 na campanha de 2008. E não queria ultrapassar os R$ 2.500 em 2010. Conseguiu, mas com todos esses artifícios. Por várias vezes nós cobramos do vereador um comitê. Ele até tinha uma sala alugada, com computador, internet e telefone, mas só guardava lá os materiais de campanha", relatou Gomes.
Inquéritos
Denúncias de injúria racial e quebra de decoro parlamentar contra Galdino também estão sob análise do Conselho de Ética. A vereadora Professora Josete (PT) relata o inquérito aberto a partir de pedido protocolado por outros 23 vereadores, após exposição do vereador Roberto Aciolli (PV) em plenário, relatando a distribuição para jornais de nota atribuída ao vereador Galdino. Na notícia enviada à imprensa, o parlamentar investigado teria feito acusações desprovidas de comprovação contra os demais vereadores, prejudicando a imagem institucional do Legislativo.
Galdino disse ser inocente da acusação, atribuindo ao jornalista a autoria exclusiva da notícia. Gomes negou a exclusividade da redação, relatando aos vereadores do conselho a rotina do gabinete parlamentar do vereador. "Todos os textos que eu produzia passavam pelo crivo dele. A fiscalização de fotos e textos era ele quem fazia. É impossível que ele negue isto, já que a expressão "calada da noite" é do vocabulário dele. Tanto é dele, que na notícia foram utilizadas aspas", defendeu-se o ex-assessor.
O Conselho de Ética aproveitou a ocasião para receber o depoimento do cientista político Paulo Tadeu Murta, também ex-assessor do Galdino. Ele confirmou o teor da denúncia protocolada pelo presidente do Conselho Municipal de Política Étnico-Racial, Saul Dorval da Silva, em que constam queixas de discriminação racial narradas por uma ex-assessora parlamentar do vereador. O inquérito está amparado em um boletim de ocorrência da Delegacia da Mulher e processo trabalhista.
Em representação protocolada no Conselho de Ética, Gomes acusa o vereador de utilizar irregularmente o gabinete parlamentar durante as eleições deste ano. Para confrontar as duas versões sobre o episódio, os membros do conselho optaram por reunir ambas as partes após a tomada dos depoimentos individuais. O início da acareação está previsto para as 15h, na sala de reuniões da presidência.
"Estamos acatando a vontade de ambos, que manifestaram o desejo de participar da acareação", afirma o vereador Roberto Hinça (PDT), presidente do conselho. O jornalista Marcus Vinícius Gomes foi ouvido pelos parlamentares que analisam as representações contra Galdino nesta segunda-feira (20), em reunião que durou mais de trẽs horas.
Durante o depoimento, ele rebateu a defesa de Galdino perante o conselho, confirmando a queixa de que o parlamentar utilizava pessoal e estrutura da instituição irregularmente. O jornalista citou o uso de selos, envelopes e mão de obra dos assessores na campanha, durante o expediente, como algumas das práticas realizadas. "Ele declarou para a Justiça Eleitoral R$ 520 na campanha de 2008. E não queria ultrapassar os R$ 2.500 em 2010. Conseguiu, mas com todos esses artifícios. Por várias vezes nós cobramos do vereador um comitê. Ele até tinha uma sala alugada, com computador, internet e telefone, mas só guardava lá os materiais de campanha", relatou Gomes.
Inquéritos
Denúncias de injúria racial e quebra de decoro parlamentar contra Galdino também estão sob análise do Conselho de Ética. A vereadora Professora Josete (PT) relata o inquérito aberto a partir de pedido protocolado por outros 23 vereadores, após exposição do vereador Roberto Aciolli (PV) em plenário, relatando a distribuição para jornais de nota atribuída ao vereador Galdino. Na notícia enviada à imprensa, o parlamentar investigado teria feito acusações desprovidas de comprovação contra os demais vereadores, prejudicando a imagem institucional do Legislativo.
Galdino disse ser inocente da acusação, atribuindo ao jornalista a autoria exclusiva da notícia. Gomes negou a exclusividade da redação, relatando aos vereadores do conselho a rotina do gabinete parlamentar do vereador. "Todos os textos que eu produzia passavam pelo crivo dele. A fiscalização de fotos e textos era ele quem fazia. É impossível que ele negue isto, já que a expressão "calada da noite" é do vocabulário dele. Tanto é dele, que na notícia foram utilizadas aspas", defendeu-se o ex-assessor.
O Conselho de Ética aproveitou a ocasião para receber o depoimento do cientista político Paulo Tadeu Murta, também ex-assessor do Galdino. Ele confirmou o teor da denúncia protocolada pelo presidente do Conselho Municipal de Política Étnico-Racial, Saul Dorval da Silva, em que constam queixas de discriminação racial narradas por uma ex-assessora parlamentar do vereador. O inquérito está amparado em um boletim de ocorrência da Delegacia da Mulher e processo trabalhista.
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