Conselho de Ética aguarda documentos

por Assessoria Comunicação publicado 06/10/2010 16h10, última modificação 01/07/2021 08h02
O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba definiu, nesta quarta-feira (6), que serão feitas consultas às autoridades policiais e Ministério Público sobre investigações envolvendo os  vereadores Julião Sobota (PSC) e Denilson Pires (DEM). O vereador Roberto Hinça (PDT) presidiu a reunião, que contou com a presença de Serginho do Posto (PSDB), Professora Josete (PT), Julieta Reis (DEM) e Aladim Luciano (PV).
Torcidas
Durante o encontro, a palavra foi aberta ao vereador Julião Sobota, para detalhar o ocorrido no último dia 17 de setembro. Na data, o parlamentar e presidente da torcida organizada “Os Fanáticos” tomou parte em um confronto entre torcedores do Clube Atlético Paranaense, nas imediações do estádio Joaquim Américo.
Para Julião, o incidente foi fruto da dificuldade de diálogo entre grupos rivais. Ele cobrou mais atuação da polícia e autoridades públicas na identificação e punição dos torcedores violentos. “Não existe briga de torcidas no Brasil, elas existem na Europa. O que acontece em Curitiba é vandalismo, é covardia contra os cidadãos da cidade”, defendeu o vereador. Julião atribui ao grupo dissidente dos “Fanáticos” o descumprimento de exigências do Ministério Público, especialmente na região do Sítio Cercado.
O parlamentar qualificou o episódio como mais uma tentativa frustrada de retomar o diálogo e inibir a violência na cidade. “Nós fomos agredidos, o que confirma o histórico de violência destas pessoas. Já passamos as informações sobre eles ao Ministério Público, esperamos providências”, afirmou Julião. Os vereadores presentes no Conselho de Ética destacaram a boa imagem que o parlamentar construiu em dois anos de mandato, mostrando-se uma pessoa ponderada e equilibrada.
Sindicato
O vereador Denílson Pires faz parte de uma investigação aberta pelo Ministério Público, para apurar denúncias sobre as  finanças do Sindicato dos Motoristas e Cobradores das Empresas de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitanana (Sindimoc), presidido pelo parlamentar até o início de outubro.
Pires já  havia relatado aos  membros do Conselho de Ética o seu posicionamento sobre o ocorrido, declarando-se inocente e disposto a colaborar abertamente com a Câmara Municipal de Curitiba para o esclarecimento dos fatos.
Presidente do Conselho, o vereador Roberto Hinça lembrou, na reunião, que não existe pedido de investigação contra Pires ou Sobota na instituição. De acordo com o Código de Ética Parlamentar do Regimento Interno da Câmara Municipal, um inquérito só poderá ser instaurado se houver um pedido formalmente protocolado na Casa, seja por partido político, algum parlamentar da instituição ou cidadão residente na cidade.