Conselho de Ética acata denúncia de assédio moral contra Galdino
A junta de instrução do Conselho de Ética designada para investigar acusação contra o vereador Professor Galdino (PSDB), acusado de assédio moral a servidores da Diretoria de Comunicação da Câmara de Curitiba, emitiu um parecer pelo recebimento da denúncia. Professora Josete (PT), relatora, Cacá Pereira (PSDC) e Bruno Pessuti (PSD) entenderam que há indícios de infração ético-disciplinar e vão, nesta sexta-feira (9), ouvir tanto o parlamentar, quanto as testemunhas de acusação e de defesa.
Nesta terça-feira (6), Josete leu aos demais integrantes do colegiado seu parecer. “Como foi definido, eu, o Cacá Pereira e o Bruno Pessuti formamos a junta de instrução e nos reunimos para avaliar o caso em questão. Houve consenso no encaminhamento do relatório. Estou lendo hoje para que todos tenham conhecimento, conforme orienta o Regimento Interno”, declarou.
A denúncia, feita pelo Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal, (Sindicâmara), ocorreu após pronunciamento de Galdino na sessão plenária de 29 de agosto, quando o parlamentar chamou servidoras da Diretoria de Comunicação do Legislativo de “cabaço”. Galdino insinuou que uma jornalista teria espalhado a “falsa notícia” que ele estaria inelegível. “Espero que essa fulana se retrate da cagada que fez senão vai continuar cabaça”, continuou (leia mais). Somado a isso, em outra ocasião, ele já havia xingado um fotojornalista da Câmara.
Em seu relatório, Josete ressaltou que em nenhum momento o vereador negou a prática das condutas que lhes foram imputadas, “apenas tenta suavizar, utilizando o significado etimológico da palavra "cabaço/cabaça"”, considerando que o mesmo agiu de “forma excessiva, desmedida”.
“Cabe esclarecer que os servidores possuem um papel essencial no sustento do bom funcionamento da Câmara. Passam-se gestões, trocam-se parlamentares e os servidores permanecem, prestando seus serviços à administração pública e preservando as atividades estruturais da CMC, o que os tornam peças fundamentais na estrutura administrativa. Aos jornalistas em nada muda. A esses cabe o papel de transmitir à população as questões atinentes ao parlamento a assim o fazem”, continuou no relatório. Considerou ainda que as críticas devem ser construtivas, e não “desmedidas, descabidas e desrespeitosas, ainda mais proferidas em uma tribuna parlamentar, perante centenas de pessoas, colocando em cheque a reputação dos servidores”.
O relatório enumera ainda que são deveres dos vereadores, conforme o Código de Ética (que está no Regimento Interno) determina, “tratar com respeito, urbanidade e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, prescindindo de igual tratamento”. Ela finaliza dizendo que, mesmo que ele tenha invocado a imunidade parlamentar, “a falta de moderação na conduta pública pode ser submetida aos mandamentos que regem as Casas Legislativas”.
Na próxima sexta-feira (9), às 10 horas da manhã, o colegiado se reúne novamente para ouvir dois jornalistas da Diretoria de Comunicação e um funcionário do vereador. A advogada do parlamentar, Miriam Carvalho, informou que vai tentar comunicá-lo para que também compareça. “Em princípio não tenho conseguido falar com ele, mas até onde sabemos ele está de atestado médico e afastado de suas atividades.”
Nesta terça-feira (6), Josete leu aos demais integrantes do colegiado seu parecer. “Como foi definido, eu, o Cacá Pereira e o Bruno Pessuti formamos a junta de instrução e nos reunimos para avaliar o caso em questão. Houve consenso no encaminhamento do relatório. Estou lendo hoje para que todos tenham conhecimento, conforme orienta o Regimento Interno”, declarou.
A denúncia, feita pelo Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal, (Sindicâmara), ocorreu após pronunciamento de Galdino na sessão plenária de 29 de agosto, quando o parlamentar chamou servidoras da Diretoria de Comunicação do Legislativo de “cabaço”. Galdino insinuou que uma jornalista teria espalhado a “falsa notícia” que ele estaria inelegível. “Espero que essa fulana se retrate da cagada que fez senão vai continuar cabaça”, continuou (leia mais). Somado a isso, em outra ocasião, ele já havia xingado um fotojornalista da Câmara.
Em seu relatório, Josete ressaltou que em nenhum momento o vereador negou a prática das condutas que lhes foram imputadas, “apenas tenta suavizar, utilizando o significado etimológico da palavra "cabaço/cabaça"”, considerando que o mesmo agiu de “forma excessiva, desmedida”.
“Cabe esclarecer que os servidores possuem um papel essencial no sustento do bom funcionamento da Câmara. Passam-se gestões, trocam-se parlamentares e os servidores permanecem, prestando seus serviços à administração pública e preservando as atividades estruturais da CMC, o que os tornam peças fundamentais na estrutura administrativa. Aos jornalistas em nada muda. A esses cabe o papel de transmitir à população as questões atinentes ao parlamento a assim o fazem”, continuou no relatório. Considerou ainda que as críticas devem ser construtivas, e não “desmedidas, descabidas e desrespeitosas, ainda mais proferidas em uma tribuna parlamentar, perante centenas de pessoas, colocando em cheque a reputação dos servidores”.
O relatório enumera ainda que são deveres dos vereadores, conforme o Código de Ética (que está no Regimento Interno) determina, “tratar com respeito, urbanidade e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, prescindindo de igual tratamento”. Ela finaliza dizendo que, mesmo que ele tenha invocado a imunidade parlamentar, “a falta de moderação na conduta pública pode ser submetida aos mandamentos que regem as Casas Legislativas”.
Na próxima sexta-feira (9), às 10 horas da manhã, o colegiado se reúne novamente para ouvir dois jornalistas da Diretoria de Comunicação e um funcionário do vereador. A advogada do parlamentar, Miriam Carvalho, informou que vai tentar comunicá-lo para que também compareça. “Em princípio não tenho conseguido falar com ele, mas até onde sabemos ele está de atestado médico e afastado de suas atividades.”
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba