Conselheiros tutelares sugerem como combater o crack
A Câmara Municipal de Curitiba realizou, nesta terça-feira (1), a primeira reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Crack. Os vereadores Tico Kuzma (PSB) e Pedro Paulo (PT) reuniram-se com conselheiros tutelares de toda a capital para ouvir as experiências no relacionamento com crianças e jovens usuários da droga. O resultado foi um diagnóstico provisório do enfrentamento da drogadição em Curitiba, que aponta a necessidade de ampliação da rede de tratamento no município, uma maior integração entre profissionais da saúde, educação e segurança pública, e mais políticas de capacitação profissional, esporte e lazer.
Orçamento
Para a conselheira tutelar Maria Madalena de Meira, da Regional Portão, é importante que os parlamentares sensibilizem-se com o tema, para destinar mais recursos do orçamento para a área de saúde, por exemplo. "Temos que saber quanto foi investido em 2009, quanto vai ser investido em 2010 e quanto desses recursos foram destinados para o atendimento emergencial, por exemplo", argumenta a conselheira. As histórias relatadas pelos presentes na reunião mostraram casos em que o consumo de drogas começa dentro das próprias famílias ou no trajeto da casa para a escola. Ameaças de morte são frequentes e nem sempre os adolescentes avançam no tratamento, por diversos motivos.
"As medidas têm que acontecer simultaneamente em três frentes: o combate ao consumo, a prevenção e o tratamento dos usuários. Ficou claro que teremos que dar as mãos para enfrentar a questão, reunindo família, profissionais da saúde, educação e segurança pública, além dos conselheiros tutelares e ONGs que atuam como comunidades terapêuticas", enumerou o vereador Tico Kuzma.
O vereador Pedro Paulo frisou que a questão é grave. "A primeira reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Crack mostrou que a situação é complicada, com pontos de droga próximos dos locais de tratamento e falta de integração entre os agentes que lidam com os usuários de droga na capital, por exemplo", relatou.
Os parlamentares anotaram as sugestões dadas pelos conselheiros tutelares, que vão desde um atendimento mais humanizado nos Centos de Atendimento Psicossociais, com o mesmo profissional de saúde acompanhando o tratamento do jovem do início até o final, para fortalecer um vínculo afetivo que facilita o sucesso da recuperação, até a ampliação do número de leitos para casos emergenciais, de surto psicótico. "Nós vamos redigir um projeto de lei que dê incentivos fiscais às empresas que promovam campanhas contra o uso de drogas na capital ", adiantou Tico Kuzma.
Fórum
"A Frente Parlamentar é uma ótima iniciativa, sendo o primeiro passo para melhorar o nosso trabalho. É importante que os vereadores saibam o que sofremos, ouçam as nossas angústias", afirmou Iara Mattozo, conselheira tutelar da Regional do Cajuru. Da reunião, ficou o indicativo para a criação de um fórum para o debate acerca do enfrentamento do crack na capital, envolvendo outras esferas administrativas e agentes sociais. "A droga envolve muita coisa, é difícil ser objetivo. Cada pessoa é única. Dentro do geral, tem que existir uma atenção à especificidade de cada um. Por exemplo, precisa haver uma identificação com o tratamento para que ele tenha sucesso", explicou Áurea Martins, conselheira tutelar da Regional Matriz, ao relatar casos de sucesso com a utilização do psicodrama, por exemplo.
Os vereadores Tico Kuzma e Pedro Paulo enviarão o resultado das reuniãos da frente municipal para o Congresso Nacional, onde também foi criado um grupo parlamentar para tratar do combate ao crack.
Orçamento
Para a conselheira tutelar Maria Madalena de Meira, da Regional Portão, é importante que os parlamentares sensibilizem-se com o tema, para destinar mais recursos do orçamento para a área de saúde, por exemplo. "Temos que saber quanto foi investido em 2009, quanto vai ser investido em 2010 e quanto desses recursos foram destinados para o atendimento emergencial, por exemplo", argumenta a conselheira. As histórias relatadas pelos presentes na reunião mostraram casos em que o consumo de drogas começa dentro das próprias famílias ou no trajeto da casa para a escola. Ameaças de morte são frequentes e nem sempre os adolescentes avançam no tratamento, por diversos motivos.
"As medidas têm que acontecer simultaneamente em três frentes: o combate ao consumo, a prevenção e o tratamento dos usuários. Ficou claro que teremos que dar as mãos para enfrentar a questão, reunindo família, profissionais da saúde, educação e segurança pública, além dos conselheiros tutelares e ONGs que atuam como comunidades terapêuticas", enumerou o vereador Tico Kuzma.
O vereador Pedro Paulo frisou que a questão é grave. "A primeira reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Crack mostrou que a situação é complicada, com pontos de droga próximos dos locais de tratamento e falta de integração entre os agentes que lidam com os usuários de droga na capital, por exemplo", relatou.
Os parlamentares anotaram as sugestões dadas pelos conselheiros tutelares, que vão desde um atendimento mais humanizado nos Centos de Atendimento Psicossociais, com o mesmo profissional de saúde acompanhando o tratamento do jovem do início até o final, para fortalecer um vínculo afetivo que facilita o sucesso da recuperação, até a ampliação do número de leitos para casos emergenciais, de surto psicótico. "Nós vamos redigir um projeto de lei que dê incentivos fiscais às empresas que promovam campanhas contra o uso de drogas na capital ", adiantou Tico Kuzma.
Fórum
"A Frente Parlamentar é uma ótima iniciativa, sendo o primeiro passo para melhorar o nosso trabalho. É importante que os vereadores saibam o que sofremos, ouçam as nossas angústias", afirmou Iara Mattozo, conselheira tutelar da Regional do Cajuru. Da reunião, ficou o indicativo para a criação de um fórum para o debate acerca do enfrentamento do crack na capital, envolvendo outras esferas administrativas e agentes sociais. "A droga envolve muita coisa, é difícil ser objetivo. Cada pessoa é única. Dentro do geral, tem que existir uma atenção à especificidade de cada um. Por exemplo, precisa haver uma identificação com o tratamento para que ele tenha sucesso", explicou Áurea Martins, conselheira tutelar da Regional Matriz, ao relatar casos de sucesso com a utilização do psicodrama, por exemplo.
Os vereadores Tico Kuzma e Pedro Paulo enviarão o resultado das reuniãos da frente municipal para o Congresso Nacional, onde também foi criado um grupo parlamentar para tratar do combate ao crack.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba