Conselheira tutelar receberá cidadania honorária de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 16/05/2016 14h55, última modificação 07/10/2021 06h43

Nesta segunda-feira (16), a Câmara de Curitiba aprovou em primeiro turno, com 33 votos favoráveis, o título de cidadania honorária (006.00004.2016) a Dagmar Nascimento, por proposição do vereador Pedro Paulo (PDT). Conselheira tutelar, a homenageada nasceu em São Paulo, capital, em 1939. Citando o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual, Pedro Paulo exaltou a dedicação de Dagmar pela causa. “Uma educadora exemplar. Por um histórico desse, voltado para a luta dos direitos das crianças e adolescentes, ela merece essa homenagem. Não é apenas para Dagmar, mas ao conjunto de pessoas que trabalham pelos outros”, declarou o vereador.

Segundo Pedro Paulo, Dagmar Nascimento deixou um legado de “brilhantismo, caridade, bondade, respeito e dedicação”. De acordo com o vereador, a concessão da cidadania honorária traduz “o desejo de grande parcela da sociedade curitibana, em especial, aos que foram diretamente beneficiados pelas ações desta grande mulher”.

Dagmar iniciou sua carreira realizando trabalhos em favelas nas quais residiam crianças carentes. “Sempre movida pelo incentivo de buscar melhorias para os mais necessitados, cadastrou as famílias e montou um "programa" envolvendo aspectos de saneamento básico, horticultura, cuidados básicos do lar, educação dos filhos, alimentação e aproveitamento de retalhos”, diz a justificativa do projeto.

Com a expansão dos trabalhos, foi então fundada a Associação das Abelhinhas de Santa Rita de Cássia, que chegou a atender 350 famílias. “A sede do saber a levou a uma jornada de longos, difíceis, mas orgulhosos anos que se encerram em 1994, quando se formou em Pedagogia, pela Universidade Tuiuti do Paraná, onde também foi professora e coordenadora de curso por 13 anos”, acrescenta o texto.

Professora Josete (PT) lembrou que teve, em diversas ocasiões, a oportunidade de trabalhar com Dagmar, especialmente em viagens para formação de conselheiros tutelares. “Com sua sensibilidade, uma mulher negra, guerreira e batalhadora. Conseguiu superar todas as dificuldades da vida e pode fazer da sua experiência ações efetivas no Conselho Tutelar. Ela também contribuiu para a consolidação de políticas públicas no sentido de garantir a preservação dos direitos das crianças e adolescentes”, disse.

Já o vereador Tico Kuzma (Pros) salientou que Dagmar, mesmo após sua aposentadoria como professora, optou por trabalhar como conselheira tutelar. “As escolhas [para concessão de cidadania honorária] têm sido muito criteriosas e esta foi merecida e justa”, acrescentou Paulo Salamuni (PV).


Texto: Claudia Krüger e Marcio Alves da Silva.