Condenações do mensalão geram debate na Câmara
Os vereadores debateram, durante sessão plenária desta segunda-feira (18), o cumprimento dos mandados de prisão aos condenados do chamado “mensalão”. O vereador Professor Galdino (PSDB) deu início à discussão. Segundo o parlamentar, o caso foi um dos maiores escândalos da história recente do país. “A prisão dos mensaleiros encerra um dos capítulos mais tristes da nossa República, que foi o desvio de recursos para interesses escusos”, pontuou.
Por sua vez, Pedro Paulo (PT) defendeu que a trajetória política de alguns dos condenados do mensalão não deve ser julgada apenas com base neste episódio. “Eu me orgulho da história que fiz dentro deste partido de esquerda, pela luta para garantir o direito de estarmos aqui, eleitos, e dos avanços sociais alcançados nos últimos anos”, pontuou.
Pier Petruzziello (PTB) enfatizou que a corrupção atinge “todos os partidos políticos e a maioria dos agentes públicos do Brasil”. Na argumentação do vereador, o dinheiro público precisa ser usado de maneira correta e é necessário acabar com a cultura de que dinheiro público não tem dono.
“Fico entristecido de admitir que em nosso país existe corrupção. Não fico feliz ao ver a desgraça alheia, como a prisão. Mas fico feliz quando vejo justiça e decisões que vão ao encontro dos anseios do nosso país”, pontuou Petruzziello.
Para Professora Josete (PT), é necessária a execução de uma reforma política séria. “Pela qual possamos ter partidos, parlamentos e executivos mais transparentes e cada vez mais observados pela sociedade”. Defensora do controle social, disse que avanços mais efetivos no combate à corrupção só serão possíveis com o fortalecimento da transparência.
A ação da Justiça no país foi citada pelo vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB). Segundo ele, o Brasil necessita de uma Justiça forte e independente. “O escândalo do mensalão já faz oito anos e só agora houve a efetiva prisão dos envolvidos. Que este episódio traga exemplos para se entender que a justiça tem que ser feita de uma forma correta, de cima para baixo e vice-versa”, defendeu.
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