Comissões querem saber sobre revendas de gás

por Assessoria Comunicação publicado 23/08/2007 18h25, última modificação 17/06/2021 08h47
As irregularidades nas revendas de gás em Curitiba serão discutidas na próxima terça-feira (28) pelas comissões de Segurança Pública e Urbanismo da Câmara de Curitiba. A reunião conjunta será na Sala das Comissões, às 14h, conduzida pelos vereadores Tico Kuzma (sem partido) e Roseli Isidoro (PT), respectivos presidentes das comissões. O secretário municipal de Urbanismo, Luiz Fernando Jamur, já confirmou presença e deverá trazer informações sobre a atual situação destes estabelecimentos na cidade, após a explosão ocorrida em um depósito, no início do mês, no bairro Mercês.
“Estamos preocupados com a segurança dos cidadãos que vivem perto de revendas de gás e também com aqueles que podem estar transitando na região”, disse Kuzma, completando que “antes da explosão, a maioria das pessoas não estava preocupada com a regularização das revendas”.
O presidente da comissão de Segurança Pública sugeriu que a população denuncie casos de irregularidade e comentou que alguns estabelecimentos, após o acidente, vêm tentando burlar a fiscalização. “Ficamos sabendo de casos em que, durante o dia, revendas retiram os botijões em excesso do depósito e estocam em caminhões e, à noite, guardam novamente”, informou.
Na terça-feira, Jamur deverá comentar sobre as ações de fiscalização, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, Agência Nacional do Petróleo (ANP), Delegacia do Consumidor e Ministério Público.
Irregularidades
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindigás), em Curitiba e nos 26 municípios da região metropolitana há 2,6 mil pontos de venda do produto, sendo que dois mil estão fora das normas da ANP.
O site da instituição aponta as irregularidades mais comuns. As normas proíbem que a revenda de gás fique próxima de locais onde há grande concentração de pessoas. Nos bairros afastados, é possível encontrar botijões de gás à venda em panificadoras, açougues, farmácias, bancas de revista e até mesmo nas calçadas. Devido ao perigo de explosão, os botijões não podem ser guardados em ambientes fechados, além de as revendas serem obrigadas a ter balança para pesar o botijão. Outro fator que pode indicar clandestinidade é a venda de liquinhos — pequenos botijões com dois quilos de gás — já que estão fora de mercado.