Comissões debatem plano de carreira com servidores municipais

por Assessoria Comunicação publicado 20/08/2014 18h20, última modificação 27/09/2021 08h11

Vereadores que integram as comissões de Legislação, Serviço Público e Economia da Câmara de Curitiba estiveram reunidos, nesta quarta-feira (20), com engenheiros, arquitetos, desenhistas industriais e designers da administração municipal direta e indireta para mais uma rodada de discussões sobre a criação de novo piso salarial e  plano de carreira específico para estas categorias. Ao todo, 10 parlamentares participaram do encontro, que também contou com a presença de representantes de sindicatos e conselhos de classe ligados aos profissionais.

Este foi o terceiro encontro realizado para debater as reivindicações dos trabalhadores, mas nenhuma mensagem do prefeito sobre o assunto foi enviada ao Legislativo, ressaltou a presidente da Comissão de Serviço Público, Julieta Reis (DEM). Ela, e os demais vereadores, reconheceram a necessidade de valorização profissional e colocaram-se à disposição dos servidores, mas alertaram que somente o prefeito pode legislar sobre o assunto, cabendo à Câmara a função de intermediar a negociação.

De acordo com o presidente da Comissão de Economia, Serginho do Posto (PSDB), há cerca de um ano a prefeitura iniciou a revisão de diversas carreiras, sendo que os engenheiros e arquitetos teriam sido beneficiados com a incorporação de gratificações, mas, segundo ele, não haveria até o momento previsão de um plano de carreira diferenciado. “Precisamos questionar a Secretaria Municipal de Recursos Humanos sobre qual seria o impacto financeiro destas mudanças, se o prefeito vai de fato enviar uma mensagem com estas alterações, ou se será feita alguma mudança no plano de carreira geral do município”, resumiu o vereador. Já o líder da maioria na Câmara, vereador Pedro Paulo (PT), reafirmou o compromisso do prefeito em corrigir eventuais distorções nas carreiras municipais, “assim como já está sendo feito com os guardas municipais e professores”, exemplificou. Ele comprometeu-se a acompanhar a situação.

Reivindicações
Entre as reivindicações, os servidores pedem um novo piso salarial, passando dos atuais R$ 3.028,37 para R$ 6.102,00. “A lei federal 4950-A estabelece um piso para os engenheiros, mas a prefeitura não respeita. E o pior, paga mais para profissionais terceirizados do que para os de carreira”, protestou Rony Wykrota, engenheiro químico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A informação foi reforçada pelo presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA), Orley Lopes. Para ele, a situação atual desmotiva os profissionais, tanto para ingressar quanto para permanecer na carreira.

Da mesma forma argumentaram os representantes dos sindicatos dos Engenheiros do Paraná (Senge), dos Arquitetos e Urbanistas (Sindarq) e dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), ao pedir mais valorização para profissionais que assumem “responsabilidades técnicas diferenciadas”. Coordenadora de Estrutura do Sismuc, Irene Rodrigues frisou que valorizar os servidores públicos resulta em ter políticas e serviços públicos melhores para a população.