Comissão para acompanhar implantação do metrô é adiada
O plenário da Câmara Municipal acatou, na sessão desta quarta-feira (23), o adiamento - por 30 sessões plenárias – da votação do requerimento que propõe a criação de uma Comissão Especial para acompanhar a implantação do metrô de Curitiba. Esta foi a terceira vez que o requerimento de Tico Kuzma (PROS) deixou de ser apreciado pelos parlamentares.
Na sessão do último dia 14, em que foi aprovada a criação de colegiado especial para acompanhar os resultados da CPI do Transporte Coletivo, foi anunciado um acordo entre as lideranças partidárias que permitiria a aprovação das duas comissões, que seriam instaladas apenas após as eleições deste ano.
No entanto, segundo o líder da maioria, Pedro Paulo (PT), o acordo será mantido, mas a comissão não poderia ser aprovada no momento, em razão do Regimento Interno do Legislativo permitir que apenas três comissões desse tipo funcionem ao mesmo tempo. O parlamentar também criticou o fato de a comissão ter sido proposta de maneira individual e defendeu que o requerimento seja reapresentado por iniciativa de diversos vereadores.
“Ninguém pode avocar para si a condição de ser o detentor de um debate tão importante como esse. Além disso, as comissões permanentes vão acompanhar o tema e uma comissão especial não pode invadir atribuições das permanentes”, argumentou Pedro Paulo. (com sonora)
Tico Kuzma, por sua vez, garantiu ter apresentado seu pedido antes dos que criaram as duas últimas comissões (acompanhamento dos resultados da CPI e cumprimento dos oito objetivos do milênio) e afirmou que a Câmara está “atrasada no assunto metrô”. A terceira especial em atividade é a Comissão da Copa.
O parlamentar disse, ainda, que o acordo firmado anteriormente foi descumprido, negou-se a retirar a proposta e apelou para que ela fosse posta em votação. “Não haveria problema em aprovar hoje, pois houve acordo com as lideranças”, argumentou. (com sonora)
Líder do PRB, Valdemir Soares também encaminhou a votação. Favorável ao adiamento, o vereador pediu que a iniciativa fosse reapresentada coletivamente e reconheceu que houve erro das lideranças na hora de formar o acordo. “Erramos na interpretação do regimento, mas não perdemos o comprometimento. O tema não será esquecido e teremos essa comissão após as eleições”, prometeu.
Na mesma linha argumentou o presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV): “havíamos interpretado de maneira diferente, mas a assessoria técnica entendeu que agora não é possível aprovar o requerimento”, complementou.
Além de Tico Kuzma, apenas Rogério Campos (PSC) e Chicarelli (PSDC) votaram contra o adiamento.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba