Comissão debate feriados municipais na Copa de 2014

por Assessoria Comunicação publicado 02/05/2013 17h35, última modificação 15/09/2021 10h25
A Comissão Especial da Copa da Câmara de Curitiba pretende ouvir a população sobre a adoção de feriados municipais nos dias de jogos da Copa de 2014. O objetivo, segundo o presidente do colegiado, Paulo Rink (PPS), é ampliar o debate sobre o assunto, sugerido pela Comissão Executiva da prefeitura. A ideia foi discutida pelos membros da Comissão da Copa em reunião nesta quinta-feira (02).

“As demandas de mobilidade serão grandes durante os jogos do mundial, tanto para o deslocamento para a Arena, quanto para a Fan Fest, no Parque Barigui. Por isso, acreditamos que os feriados vão ajudar nesta questão. Mas precisamos saber o que os curitibanos pensam sobre o assunto”, disse o presidente.  

O líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), afirmou que os feriados seriam positivos para a cidade. Membro do colegiado, ele ainda lembrou que a Lei Geral da Copa (Lei Federal 12.663/12) prevê a possibilidade da União, estados e municípios de declararem feriados ou ponto facultativo nos dias de jogos da Copa das Confederações de 2013 e do Mundial de 2014.     

A opinião de Tiago Gevert (PSC), no entanto, foi pela adoção de ponto facultativo. “O debate sobre os feriados pode ser ampliado, podendo ser tema, inclusive, de audiências públicas”, reforçou. O ponto facultativo e a discussão aprofundada também foram sugeridas por Mauro Ignacio (PSB) e pelo líder do PV, Cristiano Santos, que lembrou que é preciso garantir a prestação de serviços essenciais aos visitantes.  

Jorge Bernardi (PDT), por sua vez, defendeu apenas o ponto facultativo para servidores do município e do Estado. “Até o momento não vejo um legado positivo para Curitiba. Acho desnecessário sacrificar o comércio e a indústria para apenas quatro jogos”, frisou.

Presente na reunião, o conselheiro político da Associação Comercial do Paraná (ACP), Gláucio José Geara, condenou a criação de mais feriados municipais em Curitiba. “Em reunião rápida hoje pela manhã, fizemos uma consulta e nossos associados são contra a ideia. O impacto financeiro é negativo e está estimado em R$ 160 milhões de prejuízo por feriado”, ponderou.

Para Geara, que também é vice-presidente da ACP, “não se justifica decretar feriado, parar a cidade para facilitar a mobilidade de apenas 40 mil pessoas que conseguirão assistir os jogos da Copa. Isso não ocorre em jogos de mesma proporção, como os Atletibas”. O vereador Pedro Paulo, no entanto, acredita que a Copa do Mundo em Curitiba vai além da realização dos jogos na Arena da Baixada, já que também serão esperadas, diariamente, cerca de 30 mil pessoas no Parque Barigui, durante a Fan Fest.

“As copas do mundo da Alemanha e da África do Sul movimentaram, em cada um dos países, cerca de 8 mil eventos, além das partidas. No Brasil e em Curitiba não vai ser diferente”, completou Rink. Ainda conforme o presidente, a comissão pretende criar uma ferramenta eletrônica para consultar a opinião pública sobre a aprovação ou não dos feriados nos dias de jogos.

Santa Felicidade

Durante a reunião, Mauro Ignacio apresentou reivindicações dos comerciantes e moradores de Santa Felicidade para a realização de obras de revitalização no bairro. Segundo o parlamentar, a comunidade lamenta que o setor de restaurantes não foi contemplado pelas obras do PAC da Copa e pede que a prefeitura olhe com atenção para o bairro.

“Nós temos o maior centro gastronômico do Sul do país e atraímos uma grande quantidade de turistas. Esse movimento vai aumentar durante os jogos da Copa, mas a demanda por melhorias vai além de 2014, pois Curitiba recebe inúmeros eventos importantes”.

Paulo Rink sugeriu que a Associação do Comércio e Indústria de Santa Felicidade (Acisf) apresente suas ideias na próxima reunião da comissão, marcada para 15 de maio, às 14h30. Para debater as possíveis melhorias, serão convidados representantes do Ippuc, além da presidente da Acisf, Ana Moro. Também compõem a Comissão Especial da Copa os vereadores Pier Petruzziello (PTB), Professor Galdino (PSDB) e Toninho da Farmácia (PP).