Comissão de Urbanismo visita Usina de Reciclagem
A Comissão de Urbanismo da Câmara de Curitiba conheceu, na manhã desta quarta-feira (9), a Usina de Recicláveis Sólidos Paraná (Usipar), que atua na reciclagem de resíduos de materiais de construção civil de Curitiba e Região Metropolitana. A empresa, que começou suas atividades em abril e está em funcionamento desde junho deste ano, em Almirante Tamandaré, segue princípios da logística reversa e contempla o tripé da sustentabilidade, ou seja, gera economia, proteção ambiental e desenvolvimento social. A usina ocupa uma área de 54 mil metros quadrados e teve um investimento inicial de R$ 7 milhões.
“Ao transformar entulhos da construção civil em novos produtos, a cidade sai ganhando duas vezes”, avaliou o presidente da comissão, vereador Jonny Stica (PT), que também é arquiteto e urbanista, referindo-se ao benefício gerado ao meio ambiente. “Além de não precisar extrair a matéria prima do meio ambiente, o material não é jogado em terrenos baldios e rios e, ainda, é reaproveitado com menor custo”, explicou. Afirmou também que “com os resíduos de dois prédios é possível construir um terceiro de mesmo porte”.
Também preocupado com o material gerado pela construção civil que acaba indo parar nos rios, beira de estradas ou em outros locais impróprios, o vereador e engenheiro civil, Felipe Braga Cortes (PSDB), foi quem sugeriu à Comissão a visita à Usina. “Já temos um projeto pautado na destinação adequada desses materiais tramitando na Casa. A ideia agora é buscar subsídios para aprimorá-lo e implantá-lo de maneira viável do ponto de vista social-econômico-ambiental”, afirmou, lembrando que o processo pode ainda gerar empregos. Na opinião de Braga Cortes, é preciso conscientizar, não só os grandes empresários, mas também os pequenos, “que é possível reaproveitar 60% dos entulhos”.
Jairo Marcelino (PSD) disse que a reciclagem de resíduos é imprescindível para compor um modelo de desenvolvimento sustentável, capaz de atender às necessidades da atualidade sem comprometer futuras gerações. “As obras e os restos aumentam a cada dia. É preciso pensar nas consequências disso e apoiar ações que minimizem os dados ao meio ambiente”, acrescentou.
De acordo com dados de 2010, citados no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Curitiba, são geradas cerca de 2,4 mil toneladas de resíduos da construção civil por dia na capital paranaense, correspondente a aproximadamente 65% do montante de resíduo gerado no município. “Atualmente, o Brasil recicla cerca de 10% dos entulhos enquanto países Europeus chegam a 90%”, afirmou o engenheiro ambiental da Usipar, Thiago Variani Zandoná.
Baixo custo
Segundo os dirigentes da Usipar Adilson Orlando Penteado e Adonai de Arruda, a matéria-prima, resultante da reciclagem, que pode ser reutilizada na construção civil chega a ser 35% mais barata que a convencional. Alexandre Graeser Blaszezyk, sócio administrador da usina, comentou que o processo gera cinco produtos: bica corrida, rachão, brita 2, pedrisco e pó de pedra que podem ser usados em bases asfálticas, pisos, paredes de preenchimentos, entre outros. “Só não é indicado para fins estruturais”.
O engenheiro ambiental Jachson Henrique Dissenha explicou aos vereadores sobre os ganhos ao reciclar os entulhos. "Vai desde a redução da utilização de áreas públicas destinadas ao depósito desses entulhos ou o descarte em áreas irregulares que propiciam a procriação de animais transmissores de doenças, até a diminuição da extração de pedras, minério de ferro e outras matérias-primas utilizadas na construção civil". Conforme o especialista, além dos tijolos, a areia, restos de blocos cerâmicos e de concreto, pedras, são os materiais que podem ser reaproveitados em outras obras.
Segundo o engenheiro ambiental, Thiago Variani Zandoná, ao contratar uma empresa de coleta de resíduos é preciso exigir da empresa coletora o Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR). Esse documento garante a correta destinação e isenta o construtor de ter problemas futuros.
Processo de reciclagem
O processo de reciclagem dos materiais oriundos da construção civil começa no canteiro de obras, quando ocorre uma primeira separação dos materiais. Depois, o gerador contrata um transportador de resíduos que os leva até a usina.
A Usipar recicla resíduos classe A, que inclui a caliça das obras de construção civil, como restos de material cerâmico, concreto e argamassa. Após separar os materiais de acordo com sua classificação, a Usipar tritura a caliça transformando-a em areia, brita, pedrisco e rachão, que são comercializados para nova utilização na construção civil.
“Ao transformar entulhos da construção civil em novos produtos, a cidade sai ganhando duas vezes”, avaliou o presidente da comissão, vereador Jonny Stica (PT), que também é arquiteto e urbanista, referindo-se ao benefício gerado ao meio ambiente. “Além de não precisar extrair a matéria prima do meio ambiente, o material não é jogado em terrenos baldios e rios e, ainda, é reaproveitado com menor custo”, explicou. Afirmou também que “com os resíduos de dois prédios é possível construir um terceiro de mesmo porte”.
Também preocupado com o material gerado pela construção civil que acaba indo parar nos rios, beira de estradas ou em outros locais impróprios, o vereador e engenheiro civil, Felipe Braga Cortes (PSDB), foi quem sugeriu à Comissão a visita à Usina. “Já temos um projeto pautado na destinação adequada desses materiais tramitando na Casa. A ideia agora é buscar subsídios para aprimorá-lo e implantá-lo de maneira viável do ponto de vista social-econômico-ambiental”, afirmou, lembrando que o processo pode ainda gerar empregos. Na opinião de Braga Cortes, é preciso conscientizar, não só os grandes empresários, mas também os pequenos, “que é possível reaproveitar 60% dos entulhos”.
Jairo Marcelino (PSD) disse que a reciclagem de resíduos é imprescindível para compor um modelo de desenvolvimento sustentável, capaz de atender às necessidades da atualidade sem comprometer futuras gerações. “As obras e os restos aumentam a cada dia. É preciso pensar nas consequências disso e apoiar ações que minimizem os dados ao meio ambiente”, acrescentou.
De acordo com dados de 2010, citados no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Curitiba, são geradas cerca de 2,4 mil toneladas de resíduos da construção civil por dia na capital paranaense, correspondente a aproximadamente 65% do montante de resíduo gerado no município. “Atualmente, o Brasil recicla cerca de 10% dos entulhos enquanto países Europeus chegam a 90%”, afirmou o engenheiro ambiental da Usipar, Thiago Variani Zandoná.
Baixo custo
Segundo os dirigentes da Usipar Adilson Orlando Penteado e Adonai de Arruda, a matéria-prima, resultante da reciclagem, que pode ser reutilizada na construção civil chega a ser 35% mais barata que a convencional. Alexandre Graeser Blaszezyk, sócio administrador da usina, comentou que o processo gera cinco produtos: bica corrida, rachão, brita 2, pedrisco e pó de pedra que podem ser usados em bases asfálticas, pisos, paredes de preenchimentos, entre outros. “Só não é indicado para fins estruturais”.
O engenheiro ambiental Jachson Henrique Dissenha explicou aos vereadores sobre os ganhos ao reciclar os entulhos. "Vai desde a redução da utilização de áreas públicas destinadas ao depósito desses entulhos ou o descarte em áreas irregulares que propiciam a procriação de animais transmissores de doenças, até a diminuição da extração de pedras, minério de ferro e outras matérias-primas utilizadas na construção civil". Conforme o especialista, além dos tijolos, a areia, restos de blocos cerâmicos e de concreto, pedras, são os materiais que podem ser reaproveitados em outras obras.
Segundo o engenheiro ambiental, Thiago Variani Zandoná, ao contratar uma empresa de coleta de resíduos é preciso exigir da empresa coletora o Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR). Esse documento garante a correta destinação e isenta o construtor de ter problemas futuros.
Processo de reciclagem
O processo de reciclagem dos materiais oriundos da construção civil começa no canteiro de obras, quando ocorre uma primeira separação dos materiais. Depois, o gerador contrata um transportador de resíduos que os leva até a usina.
A Usipar recicla resíduos classe A, que inclui a caliça das obras de construção civil, como restos de material cerâmico, concreto e argamassa. Após separar os materiais de acordo com sua classificação, a Usipar tritura a caliça transformando-a em areia, brita, pedrisco e rachão, que são comercializados para nova utilização na construção civil.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba