Comissão de Urbanismo planeja ações para 2010

por Assessoria Comunicação publicado 23/12/2009 17h30, última modificação 28/06/2021 11h24
A Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara Municipal debateu questões importantes para o desenvolvimento da capital neste ano, como novas ações de combate ao crime e à violência, a construção do metrô e a segurança dos estádios e ginásios esportivos. Ao todo, foram realizadas 17 reuniões e emitidos 93 pareceres sobre temas de interesse do município. Para melhor analisar os projetos avaliados pela comissão, os vereadores promoveram reuniões com a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab-CT), o Sindicato da Construção Civil do Paraná (Sinduscom) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). O trabalho resultará em parcerias inovadoras para a instituição em 2010, por exemplo, com a Polícia Militar.
Para o presidente da comissão, vereador Tico Kuzma (PSB), o bom desempenho obtido é decorrente da combinação dos demais parlamentares que integram a comissão, cujos perfis aliam capacidade técnica, experiência administrativa e legislativa, juventude e vontade de trabalhar. "Além da união dos membros da comissão, nós ficamos atentos ao que acontece na cidade. Nas reuniões técnicas que realizamos, nas consultas populares que fizemos, sempre procuramos delimitar os problemas e encontrar as soluções", conclui o parlamentar. Fazem parte da comissão, além de Kuzma, Omar Sabbag Filho (PSDB), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Julieta Reis (DEM) e Jonny Stica (PT).
Parcerias
A parceria do Legislativo municipal com a Polícia Militar surgiu do encontro dos vereadores com o coronel Roberson Bondaruk, comandante da Academia do Guatupê e especialista em desenvolvimento urbano e segurança pública. O objetivo é promover ações que reduzam a violência na capital a partir das possibilidades já oferecidas pelo urbanismo. "O poder público municipal pode ajudar muito no combate ao crime, não ficando restrito só às câmeras de vigilância e à Guarda Municipal. Nos locais em que há criminalidade crônica, o problema é de estrutura, não só de policiamento", reforça Bondaruk.
"Trata-se do urbanismo contra o crime, contra a violência. A comissão pode ser proponente de leis que preencham as lacunas apontadas pelo coronel, como os imóveis abandonados e a inclusão da Secretaria Municipal de Defesa Social no trâmite de aprovação de novos empreendimentos de construção civil na capital, por exemplo", diz Kuzma. Sabbag Filho, autor do convite que resultou na parceria com Bondaruk, ressalta que "a Câmara Municipal está interessada em política públicas de segurança para a população de Curitiba, principalmente aquelas que considerem os aspectos de metrópole da capital."
O estudo de medidas que possam ser adotadas para tornar os estádios de futebol e ginásios esportivos mais seguros, por exemplo, já está na pauta da comissão para inaugurar o debate sobre como a arquitetura e o urbanismo podem auxiliar no combate à violência. O assunto surgiu após o episódio registrado em Curitiba na última rodada do Campeonato Brasileiro de futebol, quando houve confronto entre torcedores e polícia no jogo entre as equipes do Coritiba e Fluminense.
Os parlamentares também estudam formas de aproximar as instituições de ensino superior da capital das atividades da Câmara Municipal. A possibilidade foi levantada pelo diretor do setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Mauro Lacerda Santos Filho, ao tratar com a Comissão de Urbanismo do acompanhamento das obras do metrô em Curitiba. A ideia é que estudantes de engenharia e arquitetura acompanhassem grandes obras públicas, aprendendo com os especialistas as novidades do mercado, em um processo de transferência de tecnologia para a futura mão de obra local. "O povo da cidade está representado na Câmara. Os parlamentares têm condições de hospedar o projeto de extensão, estabelecendo uma ponte entre a universidade e os gestores públicos", defende Lacerda.