A Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte fará uma visita à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Boa Vista nesta quinta-feira (27), às 10h. A agenda foi aprovada em reunião realizada hoje (26) e foi motivada após notícias veiculadas pela imprensa local e denúncias que chegaram até os membros do colegiado, via redes sociais, de que um paciente teria falecido no local à espera por atendimento.

Com a fiscalização in loco da unidade, o colegiado espera reunir informações sobre uma possível falha de atendimento. Vitor Lourenço Campos, de 40 anos, faleceu na madrugada da segunda-feira (24) dentro da UPA Boa Vista. Familiares relataram à imprensa que ele havia sido atendido ainda no domingo (23) na UPA Campo Comprido, onde foi medicado e liberado, mas voltou a passar mal e foi levado pelo Samu à outra unidade, onde aguardou por mais de 2 horas por atendimento.

Em nota oficial, a Prefeitura de Curitiba afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lamenta o caso e se solidariza com os familiares; e que ainda vai “instaurar um processo para analisar todo o atendimento prestado ao paciente, para melhor avaliar as condutas clínicas adotadas e então tomar providências pertinentes”.

“A prefeitura fez uma nota sobre o caso, mas é bom averiguarmos a situação”, disse Pastor Marciano Alves (Solidariedade), que trouxe a denúncia ao colegiado. “Acho importante abrirmos uma agenda e verificarmos a situação in loco. É um assunto muito sério e que nos interessa enquanto Comissão de Saúde. […] Vamos entender todo o processo na tentativa de colaborar com esta questão ”, respondeu Noemia Rocha (MDB), presidente da Comissão de Saúde.

Crise dos hospitais
Também foi deliberado que na próxima segunda-feira (31), às 14h30, o colegiado se reunirá com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Paraná para tratar da crise financeira dos hospitais filantrópicos da capital. Esta agenda já havia sido levantada no encontro entre os vereadores de Curitiba, os dirigentes das instituições de saúde que atendem pelo SUS e a Secretaria Municipal de Governo, em 4 de outubro.

Para evitar o fechamento de 416 leitos e 1.794 demissões em hospitais que atendem o SUS,a CMC busca articular uma solução para a crise do financiamento da Saúde. Segundo os hospitais, eles estão operando com um deficit operacional mensal de R$ 23,6 milhões, que subirá para R$ 32,8 milhões se o piso nacional da enfermagem for implantado.

Projetos analisados
Hoje, ainda foram aprovados cinco projetos que estavam em pauta e dois deles seguem para a análise de Serviço Público: o que prevê que os hospitais e as maternidades ofertem treinamento, antes da alta do bebê, sobre os primeiros socorros e como prevenir a morte súbita (005.00047.2022), de João da 5 Irmãos (União); e o que regulamenta a assistência religiosa nas instituições de saúde e de acolhimento de Curitiba (005.00184.2020, com substitutivo 031.00100.2021), de Noemia Rocha. Os relatores foram, respectivamente, a presidente do colegiado e Marciano Alves.

As três declarações de utilidade pública acatadas agora estão prontas para a análise do plenário. São elas: ao NB Futebol Clube (014.00031.2022) e ao Distrito 4730 do Rotary Internacional (014.00032.2022), indicados por Jornalista Márcio Barros (PSD); e à Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) do Colégio Estadual Padre Claudio Morelli (014.00028.2022), apresentada por Mauro Bobato (Pode).

Além de Noemia Rocha, presidente, e Marciano Alves, também integram a Comissão de Saúde da CMC os vereadores Marcelo Fachinello (PSC), vice-presidente; João da 5 Irmãos e Oscalino do Povo (PP).