Comissão de Meio ambiente discute bem estar animal

por Assessoria Comunicação publicado 08/04/2013 19h00, última modificação 15/09/2021 07h57

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável esteve reunida na tarde desta segunda-feira (8), no plenário da Câmara, para discutir o bem estar dos animais na capital. O presidente do colegiado, vereador Bruno Pessuti (PSC), destacou a importância do debate sobre a situação dos acumuladores de animais, em Curitiba, onde um incidente no mês passado vitimou 50 cachorros no bairro Boqueirão.

Segundo o vereador Helio Wirbiski (PPS), é preciso construir uma proposta coletiva para proteger os animais. “Hoje começa uma discussão muito importante para Curitiba e o que tem que prevalecer é o bom senso”, declarou.

Para o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), Alexander Biondo, a questão da proteção aos animais nunca se esgota e o bem estar animal e humano devem coexistir. “Precisamos pensar como um todo. Cabe aos profissionais de saúde manter os animais saudáveis e a saúde animal é uma responsabilidade do município”, destacou Alexander, referindo-se ao animais em situação de abandono ou semi-domiciliados.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), Eliel de Freitas, é necessário que ações efetivas estejam associadas à educação da população quanto ao cuidado com os bichos e o manejo dessas criações. “Apoiamos iniciativas que carregam consigo a educação. Não bastam ações isoladas”, acrescentou.

Sobre a lei 13.914/2011, que dispõe sobre o comércio de animais de estimação, Eliel Freitas disse que há uma comissão no CRMV que deve discutir melhorias para esta norma. A legislação proibe a criação comercial de animais domésticos na capital, tendo em vista que a cidade não possui área rural.

Acumuladores

Para Freitas, ninguém tem mais interesse em cuidar dos animais do que os próprios veterinários. Sobre os chamados acumuladores, o presidente do CRMV explicou que existe uma linha tênue entre alguns protetores dos animais e os acumuladores, já que é muito comum eles acabarem recebendo em sua propriedade cada vez mais animais. “Temos que tratar com mais intensidade o bem-estar dos animais”, alertou. O presidente disse ainda ser necessário disponibilizar tratamento para as pessoas chamadas de acumuladoras.

Rosana Vicente Gripper, diretora da Associação Ambientalista Ecoforça, discorda do termo acumuladores. Ela diz que não se deve expor estas pessoas,  que muitas vezes são tratadas como portadoras de distúrbios mentais e/ou psicológicos. “Não há como tratar do 'acumulador'”, defende. Para Rosana, é preciso implementar ações efetivas, como castração e adoção de animais.

Participaram da reunião os vereadores Aladim Luciano (PV), Felipe Braga Côrtes (PSDB) e Jairo Marcelino (PSD), membros da comissão, além de Professor Galdino (PSDB). Compareceram ainda conselheiros do CRMV-PR, da SMMA, criadores de animais domésticos, além de representantes da Associação Ambientalista Ecoforça, do Movimento SOS Bicho de Proteção Animal e da ONG Salva Bicho.