Comissão da Visibilidade Negra é instalada e elege presidência e relatoria

por José Lázaro Jr. — publicado 04/08/2021 16h42, última modificação 04/08/2021 16h42
Carol Dartora e Oscalino do Povo serão presidente e vice; relatoria coube a Herivelto Oliveira e João da 5 Irmãos, na vice. Comissão tem 60 dias para avaliar monumentos e edificações públicas.
Comissão da Visibilidade Negra é instalada e elege presidência e relatoria

Com a pandemia, as comissões da CMC são feitas por videoconferência. (Foto: Carlos Costa/CMC)

Nesta quarta-feira (4), logo após a sessão plenária da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), os vereadores da Comissão da Visibilidade Negra escolheram a presidência e a relatoria do colegiado. Carol Dartora (PT) presidirá os trabalhos da comissão especial, com o apoio de Oscalino do Povo (PP) na vice. A relatoria foi entregue a Herivelto Oliveira (Cidadania) e João da 5 Irmãos (PSL). Também compõem o colegiado Jornalista Márcio Barros (PSD), Osias Moraes (Republicanos) e Serginho do Posto (DEM). 

“Curitiba, que não é diferente de outras cidades do Brasil, que infelizmente passou por esse processo de racismo estrutural. Que deixou a presença negra apagada. Essa comissão é importante por isso, para recontar a história da população negra, que também quer ser honrada [nos monumentos, estátuas, nomes de rua]”, disse Carol Dartora, em seu primeiro pronunciamento à frente da comissão especial. Sem data marcada, na próxima reunião será aprovado o regulamento do colegiado.

Prazo e objetivos
A Comissão da Visibilidade Negra, no papel, chama-se Comissão Especial para Tratar de Visibilidade da Presença Negra na Cidade de Curitiba e da Contextualização Histórica de Monumentos, Edifícios e Logradouros Públicos Visando ao Direito da Sociedade ao Conhecimento de Sua Formação Histórica, Intelectual e Cultural (051.00001.2020). Segundo o requerimento de criação, o grupo terá 60 dias para analisar os monumentos, equipamentos e logradouros públicos.

Proposta pela vereadora Maria Leticia (PV), a comissão foi aprovada em plenário em agosto de 2020 (leia mais). É uma resposta do Legislativo ao entendimento do Grupo de Trabalho Nacional de Políticas Étnico Raciais da Defensoria Pública da União que há um “apagamento e silenciamento” da população negra na história da capital do Paraná. Em síntese, os membros do colegiado revisarão as denominações de monumentos e edificações públicas, para ampliar a presença do povo no contexto histórico e turístico da cidade.