Comissão da Água quer ação conjunta com a RMC

por Assessoria Comunicação publicado 12/02/2010 16h25, última modificação 28/06/2021 16h05
O vereador Francisco Garcez (PSDB), presidente da Comissão Especial da Água, esteve durante o recesso parlamentar vistoriando rios e córregos das cinco bacias hidrográficas que cruzam os 75 bairros da cidade. O parlamentar verificou os pontos críticos onde há vulnerabilidade de transbordamento e enchentes.  “Estamos diante de situação de emergência devido às chuvas que não dão trégua e danificam ruas, calçadas e rios. Por isso, já estamos levando ao conhecimento das autoridades públicas, inclusive dos prefeitos da região metropolitana, a necessidade de se mobilizar forças-tarefas para  amenizar os impactos neste primeiro momento. A prefeitura de Curitiba está dando a sua resposta, colocando equipes e máquinas que recuperam as ruas, executam obras de drenagem e limpeza dos rios nos lugares onde foram detectados problemas com alagamentos.”
Na opinião de Garcez, também é urgente a implantação de programa desenvolvido em conjunto com os municípios da região metropolitana, envolvendo comunidade, escolas, empresas, prefeituras, governos estadual e federal, para proteger as nascentes, recuperar os rios e prevenir as enchentes ao longo do curso das águas.” Com esta preocupação, a Comissão Especial da Água fará sessão especial, no início do mês que vem, com os prefeitos e técnicos de Piraquara, Quatro Barras, Colombo, Pinhais, e Campo Largo para buscar solução a essa questão ambiental. “Precisamos unificar o debate em torno dos rios e do abastecimento. De um lado porque muitos rios que passam por Curitiba e os mananciais que abastecem a população têm origem na região metropolitana; por outro, a cidade depende de ações conjuntas para resolver diversos  problemas que se apresentam nas bacias hidrográficas curitibanas.”
Vistoria
“É muito constrangedor notar que os rios da cidade estão poluídos e alguns praticamente mortos.” Segundo  Garcez, a  falta de ligações adequadas da rede esgoto e o lixo jogado no leito dos rios contribuem  muito para esta situação. “A prefeitura  está assumindo  sua responsabilidade nesta questão, tomando frente em programas e viabilizando esforços para recuperação do meio ambiente. Agora, é preciso que os órgãos estaduais façam sua parte liberando ações e recursos para contribuir na  despoluição dos rios e córregos, colocando fim aos esgotos clandestinos que poluem parte das bacias hidrográficas”, disse o vereador.
Garcez constatou que o rio Barigüi tem suas margens espaçosas, mas algumas construções irregulares há décadas comprometem e provocam o assoreamento. Além disso, por falta de consciência ambiental, esgoto e lixo são lançados in natura no leito do rio.  Outro rio, todo canalizado, que cruza a avenida Mário Tourinho seguindo pela rua Álvaro Alvim, também está com problema.  Com a quantidade de chuva dos últimos meses, o canal está com pouca vazão. O lixo e esgoto clandestinos depositados no rio são  outro grande prejuízo ambiental.
Esgoto clandestino
“O rio Belém é outro que está praticamente canalizado na sua passagem pelo anel central da cidade.  Na avenida Cândido de Abreu, Centro Cívico, onde o  leito do rio está aberto, pode se notar que a água suja e as margens do canal denunciam ligações de esgoto clandestinas, sendo despejados dejetos  no Belém. A comissão tem programada visita para ainda este ano nos mananciais e rios que apresentam pontos críticos ”, conclui Garcez.