Comissão analisa soluções para caçambas nas ruas

por Assessoria Comunicação publicado 04/11/2010 18h25, última modificação 01/07/2021 09h02
A legislação que regulamenta o uso de caçambas em Curitiba pode ser alterada. A decisão foi tomada em reunião da Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara de Curitiba com representantes de secretarias municipais, Urbs e Diretran, nesta quinta-feira (4). A comissão, presidida pelo vereador Tico Kuzma (PSB), e os técnicos avaliam que as caçambas devem ser sinalizadas adequadamente, localizadas dentro das obras e não mais nas ruas ou calçadas, podendo, ainda, sofrer alterações no formato. O decreto que rege os critérios para a colocação das caçambas dentro e fora da zona central de tráfego é do ano de 1997. Já a lei sobre a normatização para o transporte de resíduos em Curitiba é do ano seguinte, de iniciativa do vereador Mario Celso Cunha (PSB). De imediato, a Diretran se comprometeu a enviar ofício às empresas para que se adequem às normas de pintura e sinalização, dentro do prazo de 60 dias. Para o ano que vem, é prevista a formação de grupo de estudos, em parceria da Câmara com os órgãos responsáveis, e realização de audiências públicas com as empresas.
Controle rigoroso

Controle rigoroso das caçambas nas pistas, tratamento especial aos resíduos e respeito à vizinhança foram defendidos pelo vereador Omar Sabbag Filho (PSDB), membro da comissão e engenheiro civil. Para ele, é preciso definir tamanhos, sinalização, horários, isolamento e local para as caçambas. “Há um forte interesse público na questão”, disse. Sabbag Filho sugeriu que os estudos para a elaboração da nova lei sejam feitos por etapas, visando a continuidade da melhora do processo. Entre as etapas, está a diferenciação dos resíduos e a busca de novas técnicas, além de manter as caçambas sempre limpas. Sobre os registros de acidentes com caçambas, a maioria à noite, o vereador lembrou que já colidiu com uma caçamba em um estacionamento, também no período noturno, provocando danos em seu veículo.
Soluções
Tico Kuzma informou que, na zona central, os resíduos são acondicionados em sacos de ráfia e um caminhão da prefeitura faz o recolhimento. A prática foi considerada relevante pelos demais participantes da reunião, além de ser uma alternativa barata e que não prejudica a saúde, meio ambiente e segurança no trânsito. Para os vereadores Felipe Braga Côrtes (PSDB), que também é engenheiro, e Julieta Reis (DEM), é preciso soluções imediatas, como pintura reflexiva de acordo com as normas de segurança de trânsito, antes de dar início aos estudos. “O efeito é imediato e a forma é a mais viável. A partir disso, o vizinho se torna o agente fiscalizador. Antes de mudar algo, é preciso buscar técnicas”, defendeu Braga Côrtes.
Além dos vereadores, participaram da reunião Guacira C. Assunção Civolani, engenheira civil e gestora de trânsito da Urbs/Diretran; José Luiz de Mello Filipetto, engenheiro civil e diretor do Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo; Josiana Soquelli Koch, diretora do Departamento de Pesquisa e Monitoramento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e Igor Rocha Santi, engenheiro civil da Urbs/Diretran.