Comentado na Câmara resultado de investigação

por Assessoria Comunicação publicado 14/10/2009 19h35, última modificação 28/06/2021 07h38
As conclusões do procurador regional eleitoral do Paraná, Néviton de Oliveira Batista Guedes, no inquérito sobre as denúncias envolvendo o Comitê Lealdade foram comentadas pelo líder do prefeito Beto Richa na Câmara de Curitiba, Mario Celso Cunha (PSB), durante a sessão desta quarta-feira (14). A decisão de eximir o chefe do Executivo de participação no caso de denúncias de caixa dois durante a campanha de reeleição em 2008, comprova, segundo o vereador, “a conduta de idoneidade do candidato eleito, que mantém aprovação administrativa popular acima dos 70%”, afirmou na tribuna.
Mario Celso reforçou as afirmações de que a questão político-partidária de falha na contabilidade da campanha é um problema restrito ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), criado pelos seus dissidentes e que permanece sob investigação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O líder ressaltou que o prefeito Beto Richa não tem a reeleição comprometida, “como a oposição poderia imaginar”. Em 15 minutos ocupados no horário de liderança, Mario Celso detalhou fatos e evidenciou quatro princípios básicos sobre a denúncia eleitoral. Primeiro, a comprovação da inocência do prefeito; segundo, que não houve participação do candidato majoritário no desvio de recursos; terceiro, que a irregularidade não partiu de Richa e, por último, a divulgação para a mídia nacional da conclusão do inquérito, da mesma forma como foi denunciado, envolvendo o nome do prefeito eleito.
TRE
O TRE deve investigar a suposta irregularidade na prestação de contas do Comitê Lealdade na campanha de 2008, em que dissidentes do PRTB teriam deixado de comprovar recursos recebidos e onde foram aplicados. As conclusões do Ministério Público Eleitoral já foram encaminhadas ao tribunal. Para o vereador Tico Kuzma (PSB), “não haverá como distorcer o que o chefe do Executivo disse. A verdade prevalecerá”, afirmou. O líder tucano Serginho do Posto lembrou do afastamento dos envolvidos que trabalhavam na prefeitura.
Acompanhamento
A bancada de oposição na Casa vai continuar acompanhando as investigações, conforme declarações dos vereadores Professora Josete (PT) e Algaci Tulio (PMDB). Ambos reforçaram a importância do trabalho desenvolvido pelo procurador Guedes, que, desde o início, não mediu esforços em apurar os fatos com imparcialidade. No entanto, a ausência de declaração do dinheiro à Justiça Eleitoral, “é ilícito, que, a partir de agora, será investigado pela 1ª zona eleitoral”, afirmaram. Os vereadores do PT e PMDB vão acompanhar o prosseguimento das investigações, para levantar informações e verificar a condução das diligências.